Perante meia centena de curiosos e meia dúzia de jovens fãs que até já cantam as letras dos temas, a mistura de gerações refletia, por si só, a razão do ajuntamento - os mais velhos, em maioria, na expectativa de perceber se o sangue da guelra anunciado fluía sem coágulos e disfarces e os mais novos, em minoria, nas tintas para o passado desde que a animação ajudasse à festarola e ao recreio. Bem tentaram os Courting que a coisa pegasse fogo imediato, mas a ignição agitadora demorou a brotar apesar de "Tennis" e "Football" se terem colado sem paragem numa tentativa inicial de vivacidade e que contemplou, mais à frente, descidas do vocalista até à plateia, apelos a maior proximidade do palco e elogios à cidade.
Nada a dizer quanto ao esforço e até firmeza de algumas das canções - "Slow Burner" e "Loaded" são só dois dos bons exemplos - mas os ingredientes da receita remetem sem contemplações para uma colagem chapada a punk rock americano tardio (aquele vocoder...) ou britpop escangalhado que manteve alguma eficácia sem nunca alcançar um deslumbramento. Divertida, essa sim, a sessão de discos pedidos ou karaoke improvisado que em dez minutos de interacção e brincadeira pôs a rodar Cee Lo Green, Weezer, Avril Lavigne, Talking Heads ou, erghhh, Sum 41. Uma curte de cortesia!
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