sexta-feira, 4 de outubro de 2024

DUETOS IMPROVÁVEIS #295

FAYE WEBSTER & JULIA JACKLIN 
Good Guy (Jacklin) 
Ao vivo no pub The Gem, Collingwood, Austrália,
Setembro de 2024

ED HARCOURT, MAIS E MAIS MAGNÍFICO!





















Uma edição especial do álbum "El Magnífico" de Ed Harcourt editado no final de Março continha um sete polegadas de vinil que só alguns ouviram. A rodela acrescentava uma brilhante versão de "Song to the Siren" de Tim Buckley e o original (?) "Let's Run Away From Ot All" às onze canções do disco e que podem ser devidamente apreciadas digitalmente a partir de hoje. Magnífico a dobrar!

quinta-feira, 3 de outubro de 2024

STUART MURDOCH, NOVELA BIOGRÁFICA!





















Estamos no início da década de 1990 em Glasgow, e Stephen – um romântico amante de música – saiu de um longo internamento hospitalar com diagnóstico de síndrome de fadiga crónica, uma doença pouco compreendida que lhe roubou qualquer perspectiva de trabalho, vida social ou independência. O encontro com companheiros de luta, com os quais o mundo parece importar-se cada vez menos, permite formar o seu próprio grupo de apoio, tentando sobreviver da forma mais barata possível e sem dor.
Ao descobrir que tem a capacidade de escrever canções, ainda que de forma lenta e incipiente, Stephen desperta para a possibilidade de uma vida espiritual além do quotidiano. 

Abandonando Glasgow em busca de cura no calor mítico da Califórnia, Stephen e seu amigo Richard flutuam entre albergues, sofás e bancos de parque. A viagem poderá realmente oferecer a ambos uma reinvenção de um novo mundo? 

Este é o guião prévio e promocional de "Nobody's Empire", a já por aqui averbada estreia no romances de Stuart Murdoch, fundador e vocalista dos Belle & Sebastian. Trata-se de um contorno literário a uma tradicional biografia ou memória, o que permite, tanto tempo depois, reinventar diálogos, situações ou acontecimentos. A novela terá edição já na próxima semana pela Faber inglesa e é acompanhada por uma nocturna digressão literária por várias cidades do Reino Unido.

quarta-feira, 2 de outubro de 2024

THE WEATHER STATION, CONTINUA O BOM TEMPO!





















Foi emitida, a partir da estação metereológica mais conhecida do Canadá, uma previsão de brisa cálida constante lá para Janeiro mas que, aos poucos, pode ser notada já hoje e que se dá pelo nome de "Neon Signs". Teremos, assim, um novo trabalho de Tamara Lindeman aka The Weather Station para saborear no Inverno, o que é uma sorte das antigas. As imagens recolhidas desta inicial e inédita aragem são da responsabilidade da própria e de Jared Raab e ilustram os actuais tempos de desorientação e desinformação colectiva que só a fantasia parece, de certa forma, humanizar. 

O novo disco "Humanhood" foi amanhado num género de improvisação ao vivo de seis músicos que decorreu, em duas sessões, no final do ano passado na Canterbury Music Company de Toronto e segue-se ao fabuloso "Ignorance" de 2021, trabalho que teve privilegiada apresentação ao vivo no Porto no ano seguinte. O mesmo se espera que aconteça também desta vez, atendendo a que há já digressão europeia agendada para Fevereiro e Março de 2025. Aguarda-se, por isso, acentuado bom tempo!

CASSANDRA JENKINS, ESTIRAMENTES!

Antes que seja tarde, apesar de um primeiro aviso já com meses, rememora-se que a menina Cassandra Jenkins editou um álbum em Julho passado que é de imersão obrigatória em caso de relaxamento.

Gravado em pouco mais de um ano, "My Light, My Destroyer" contempla abordagens corajosas a algumas rasteiras quotidianas vertidas para demos guardadas no computador durante demasiados anos. Diverso, mas coerente, delicado, mas confiante, o disco é porto seguro de uma compositora cada vez mais revigorante e, não é pouco, expansiva. Fiquem-se com esta trilogia de "estirementes" musculares...



terça-feira, 1 de outubro de 2024

NICK CAVE, DEIXA PARA LÁ!

O disco "Wild God" de Nick Cave com os The Bad Seeds, que terá apresentação em Lisboa a 27 de Outubro, prolonga o estado de graça do "Tony de Matos da Indie" (sorry) a um nível inimaginável, apesar de notarmos algum, pouco, desequilíbrio entre as canções. 

O que não tem classificação é "Salt of the Lake", a melhor abertura de um álbum em muito tempo, peça monumental que valeria, por si só, uma viagem até ao Parque Expo. Pena os 77 paus... Seja como for, deixa para lá!

BEN FOLDS, ATÉ AO NATAL...

saltinho de pardal! Bem que o dia húmido e nebuloso de hoje permite fazer lembrar este velhinho ditado português e, por isso, a primazia quanto à antecipação das canções de Natal cabe este ano a Ben Folds, compositor, músico, produtor de que poucas vezes nos lembramos mas que continua activo e low profile

Habituado a desafios e a fazer o que lhe apetece, desta vez é um disco inteiro de canções originais e algumas versões reimaginadas a caber em "Slighter", vagarosa melancolia sonora que se espreguiça já na audição de duas das dez novidades. Se quiserem uma boa prenda, lavrada com assinatura, sigam esta estrelinha *  .