Quis o destino que a estreia portuguesa de Julia Holter tivesse a capital da cultura vimaranense como palco e talvez pelo efeito CEC o pequeno auditório esgotou e deu para notar muita afluência de público descobridor e a arriscar a compra do bilhete sem nunca ter ouvido sequer um tema da artista. O investimento foi, sem dúvida, compensador. Na companhia de um baterista e um violoncelista, Holter esteve sempre perfeita, apesar de alguma timidez, mas aquela voz ecoada esconde e de que maneira qualquer laivo de insegurança. Som de sala sem mácula e um piano de cauda ocasional que, ao jeito de brinquedo de infância, permitiu a Holter mostrar ainda mais os seus dotes em temas como "Moni Mon Amie" ou "This is Ekstasis". Claro que há já outras canções do álbum "Ekstasis" que se destacam como "Our Sorrows" ou "In The Same Room", nitidamente mais aplaudidos e a comprovar a beleza de um disco que demora a entranhar-se mas de um magnetismo inteligente e viciante. Ficamos, assim, ainda mais "dependentes". (video HugtheDj)
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