Seria previsível que Daniel Johnston captasse a atenção dos mais atentos mas, sinceramente, gostamos muito que a adesão tenha sido tão grande, um momento de homenagem que teve tanto de merecido como de expontâneo. O amor verdadeiro, como cantado em "True Love Will Find You In The End", não é para desistentes e Johnston é para, todos os efeitos, o maior dos resistentes. Inesquecível!
Os muitos que estiverem no concerto de Melody's Echo Chamber, a maior plateia de sempre para que actuou segunda a própria Prochet, assistiram a um dos momentos altos do festival. Grandes canções que Kevin Pearcer dos Tame Impala ajudou a construir e isso nota-se em grande parte do psicadelismo que preenche as suas brilhantes melodias. O travo francês dá-lhe ainda mais exotismo e a máquina instrumental da banda que o suporta foi verdadeiramente soberba. Então o baixo... Muito bom!
Tempo para trinta minutos de Grizzly Bear num dos palcos principais, mas tivemos a nítida sensação de que a banda nestes exercícios ao ar livre perde alguma da intensidade. Nada, contudo, que moleste a qualidade dos temas cantados por uma dedicada massa de aficionados. Exageros e elogios a Portugal à-parte, certamente um concerto competente mas onde se começa a notar algum desgaste. Esperemos que não.
Dos Metz reza uma recente história de muita agitação. Rock puro a que se coloca a etiqueta de punk e que o aglomerado concentrado no palco coberto (Pitchfork) respondeu com euforia. Muito suor e calor humano que chegou até à invasão do palco por parte de dois fãs mais afoitos, um feito para contar aos netos atendendo ao nível de segurança presente no local. Tiro e queda!
Não sabemos quantos é que ontem se concentraram no Parque da Cidade mas os Blur serão os culpados pela maior enchente de sempre. Em versão "Greatest Hits", não podia ser outra, a festa mostrou-se mais que muita, mas abrir com "Girls & Boys" atira qualquer um para canto. Depois não foi fácil "voltar ao jogo" com um alinhamento, por isso, discutível, com alguns altos e baixos, mas, who cares, os Blur estiveram no Porto e partiram a loiça. Muitos ainda agora devem estar a apanhar os cacos!
Para descomprimir nada como uma volta pelos palcos mais pequenos.
Primeiro com Glass Candy já rodeada de muitos foliões em fim-de-noite e, como tal, a receita electro-disco qualquer coisa mostrou-se mais que adequada. Provocadora qb a tenda estava montada, isto é, "queremos é dançar na descontra". Simples e eficaz.
Um pouco diferente mas de fazer abanar as hostes, os Fuck Buttons reuniram no palco mais bonito do recinto muitos curiosos, como nós, para ver o que valiam. Valem muito, com uma sonoridade intensa, consistente e a que é impossível resistir em qualquer madrugada já alta. Logo há mais.
+ videos no Canal Eléctrico.
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