"Down or Up?". À pergunta de Milosh, já perto do final, sobrepôs-se uma amálgama de respostas que, mesmo assim, sugeria que a opção feminina pela onda calma iria prevalecer mas foi "Hunger" o escolhido para adiar mais um pouco a bela da frouxidão que já momentos antes, aquando de "Open", tinha permitido apagar na totalidade a luz da sala! Foi também às escuras que se anunciou a última canção entre delírios gritados alto e bom som ("Mikel, make love to me" não é nome de nenhuma canção). O suspiro chamou-se "Song For You" e resultou num libido truque energético rematado a capella a todo o fôlego orgíaco ou não fosse o seu perfume canoro um acelerador de bons momentos presentes, passados ou futuros...
quinta-feira, 30 de junho de 2022
RHYE, Hard Club, Porto, 28 de Junho de 2022
Quatro anos depois, o canadiano Mike Milosh aka Rhye voltou ao Porto para, em definitivo, confirmar as virtudes das suas canções. Não que a passagem pelo Parque da Cidade tenha deixado dúvidas quanto à qualidade do produto sonoro, mas a amplitude, a luminosidade do espaço ao ar livre e a distância exagerada retiraram ao aconchego da sua música parte de uma sedução que só a proximidade, e de que maneira, acelera numa certa intimidade. No espaço do clube, a luz foi, por isso, quase sempre ténue de forma a diluir as figuras do septeto em palco desde que os instrumentos se fundissem sem imperfeições e onde, desta vez, um violino e um violoncelo se juntaram ao clássico quarteto de baixo, guitarra, teclas e bateria que em muitas ocasiões foram esticados num surpreendente volume finalizador de muitos dos temas balançantes ("Last Dance" ou "Taste", por exemplo).
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