Uma flauta, uma harpa eléctrica e uma bateria foram, por isso, o rastilho sobreposto, ora suave, ora irrompido, que se deu a ouvir como primeira experiência arriscada de fim de tarde perante uma plateia, talvez, pouco habituada a estas modernices. Nada que tenha feito mossa, já que o público mais que adulto manteve-se atento, expectante e receptivo a um reforço energético surpreendente, que, por vezes, ouvido à distância, sugeria estarmos perante uma qualquer banda masculina de death metal!
É, pois, notável que seja um trio feminino que manda, com classe, para as urtigas as lições e obrigações instrumentais, fazendo rodar por muitos festivais a sua originalidade, registada para a eternidade num recente álbum ao vivo e que contempla faixas tocadas o ano passado em plena Festa do Jazz lisboeta. Por isso, dêem as boas vindas a uma flauta cantora e electrónica, uma harpa distorcida e arranhada e uma bateria metaleira que as pedaleiras juntam, milagrosamente, numa torrente selvagem que do nout faz muito. Bravo!
Sem comentários:
Enviar um comentário