terça-feira, 11 de fevereiro de 2025

DIRTY PROJECTORS, O SOM DA TERRA!





















Passaram três anos sobre uma jornada intensa de composição levada a cargo por David Longstreth como desafio acicatado pela orquestra instrumental berlinense Stargaze. O resultado traduziu-se num ciclo de vinte e quatro canções para vozes e orquestra que se agrupam num novo álbum dos Dirty Projectors a lançar pela Nonesuch em continente americano e pela Transgressive Records na Europa já no início de Abril. São decisivas as ajudas das parceiras de banda habituais Felicia Douglass, Maia Friedman e Olga Bell e, para além da referido colectivo alemão, colaboram ainda no disco, entre outros, Phil Elverum dos Mount Eerie e Tim Bernardes. 

Desde a base construída em período pós-pandémico, e assumindo algum receio em compor para um conjunto de instrumentistas alargado, Longstreth dedicou-se a aperfeiçoar as peças nos Países Baixos, Novo Iorque e Los Angeles com foco no estúdio de gravação e na sua apresentação ao vivo com orquestras, tal como já aconteceu no Barbican de Londres ou na Elphilhramonie de Hamburgo sob o título de "Song of the Earth". O primeiro aperitivo "Uninhabitable Earth - Paragraph One" é esclarecedor quanto à grandeza do projecto de feição ecológica, o sétimo de grande formato dos Dirty Projectors. 

Entretanto, uma versão acústica do mesmo tema faz agora parte da enorme compilação "The Super Bloom: A Benefit for Fire Relief in Los Angeles" de apoio aos bombeiros empenhados na tragédia de Janeiro passado, sessenta e duas canções por dez dólares de uma imensidão diversa de artistas e bandas

Uma outra canção do mesmo trabalho chamado "More Mania" foi também integrada numa outra iniciativa solidária - "Good Music to Lift Los Angeles" decorreu num único dia, 7 de Fevereiro, e compreendeu noventa canções inéditas - versões, remisturas ou gravações ao vivo - agora inactivas, mas valiosas. 

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