Para uma efectiva inspiração, Rani viajou e estagiou meses entre as silenciosas montanhas e vales alpinos, o que transparece numa delicadeza instrumental com retoques de sintetizador mas onde não faltam duas peças de violoncelo com a ajuda da amiga e cúmplice Dobrawa Czocher. A composição assume-se como uma transcendente meditação sobre um dos seus artistas favoritos e uma oportunidade imperdível de compreender as suas opções estéticas reveladas por uma pintura e escultura surrealista e expressionista, penetrando, na companhia de Fanzun, nos locais por onde o artista nasceu, trabalhou e se inspirou.
A temporada seguinte de isolamento e de alheamento permitiu uma concentração na tarefa para que foi convidada e que, nas suas próprias palavras, se assemelhou, na simplicidade e improvisação, com o método com que gravou o primeiro álbum "Esja" (2018) na Islândia. O resultado, audível desde hoje na totalidade, transparece numa habitual elegância e assinalável encanto para nos fazer voar...
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