Na tradição e quase obrigação de qualquer comunidade jazzística que se preze, a partilha fraterna de experiências artísticas é meio caminho andado para o reconhecimento e o sucesso. Foi assim ao longo da história do jazz, é certamente assim que na cidade de Londres se enfrenta uma vaga talentosa de novos músicos que rodam ao vivo ou em estúdio sem preconceitos ou medos desde que a qualidade e a fruição vinguem sem truques.
Ao fresco parque matosinhense, com público desperto e receptivo à novidade, Joe Armon-Jones trouxe os tais parceiros certos para facilmente fazer exalar um eclestismo sonoro irresistível de dub, fusão ou soul que se espalhou sem contemplações do alto do coreto. A mestria do sexteto, onde se notou a presença de Nubya Garcia no saxofone vinda, certamente, de Braga onde actuou na véspera, teve a virtude de vincar que ao jazz dito moderno não faltam talentos, trilhos e ouvintes sem complexos ou espartilhos geracionais que, como convêm, só fazem sentido numa mesma onda de harmonia. Agradecidos!
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