Ficamos particularmente contentes com os primeiros nomes para o próximo NOS Alive lisboeta! Achamos até que o cartaz se começa a aproximar do imbatível e agora só falta juntar outros fenómenos aos de Taylor Swift e de uma tal Billie Eillish para que perigos maiores se afastem do nosso Parque da Cidade. Cruzes! Ainda não totalmente descansados, continuamos a ter, pelo menos para já, um pavimento muito mais natural para dançar. Uh, uh, uh, uh, uh...
sexta-feira, 27 de setembro de 2019
TINY RUINS, MAIS UM CHAMAMENTO!
Prometemos que é o último! Aos anteriores alertas aqui deixados sobre Hollie Fullbrook aka Tiny Ruins não resistimos a lembrar que é hoje oficialmente lançada a versão a solo da totalidade das canções do álbum "Olympic Girls" a que se juntam duas outras novidades radiofónicas...
A menina passou há dias pelos estúdios da RNZ - Radio New Zeland em Auckland ao lado de Jen Cloher, a ex-companheira de Courtney Barnett com quem vai partilhar a digressão australiana no final de Novembro, para uma versão impossível de, é lá, "Impossible Germany" dos Wilco e, aproveitando o ensejo, uma variação do tema título "Olympic Girls", tudo com uma banda a preceito. É isto!
quarta-feira, 25 de setembro de 2019
DUETOS IMPROVÁVEIS #220
DEVENDRA BANHART & VASHTI BUNYAN
Will I See You Tonight? (Banhart)
Állbum "Ma" de Devendra Banhart, Setembro de 2019
Will I See You Tonight? (Banhart)
Állbum "Ma" de Devendra Banhart, Setembro de 2019
FIELD MUSIC, TODO UM NOVO MUNDO!
Já vos dissemos o quanto gostamos dos Field Music? Parece que sim, mas nada como insistir na tecla a cada álbum novo dos manos Brewis, uma parelha britânica de genialidade imparável mesmo em projectos paralelos como You Tell Me ou School of Language com discos recentes editados.
Anuncia-se agora o regresso em nome próprio com a chegada em Janeiro de "Making a New World", mais uma aventura conceptual sobre os efeitos da Primeira Guerra Mundial, temática acidental que reflecte abordagens surpreendentes referentes à higiene feminina, à pesquisa sobre ultra-sons ou operações cirúrgicas para mudança de sexo! Aqui fica "Only In A Man's World", sobre pensos higiénicos...
terça-feira, 24 de setembro de 2019
ITASCA, OUTRO DESLUMBRAMENTO!
Reza a história que a menina Kayla Cohen aka Itasca escreveu as canções do novo álbum numa centenária casa de adobe do Novo México americano onde a paisagem rural e as lendas à volta dos Four Corners, região mítica que junta quatro estados do país de forma única, inspiraram toda a composição. A pairar esteve sempre o sol, muito sol e o correr das escassa fontes de água mesmo com o deserto ali ao lado...
A tudo isto chamou-lhe simplesmente "Spring", o sucessor do aclamado "Open To Chance" ouvido até à exaustão aqui pela casa, que conta com colaborações diversas como as de Chris Cohen ou dos Sun Araw no que parece ser, tal como a cada primavera, um renovado deslumbramento!
BAL, BAL, BALTHAZAR!
Memorável o genérico dos desenhos animados do Professor Baltazar que, em miúdo, nos prendiam à televisão a preto-e-branco! É sempre dessa pequena canção que nos lembramos quando o nome da banda belga Balthazar reaparece em forma de grandes canções, uma consistência a que nos habituamos desde "Rats", um segundo álbum que lhes deu asas a partir de 2012.
O mais recente disco "Fever", o tal de capa icónica pela fotografia de uma matilha de cães selvagens africanos, está outra vez pleno de hinos de injecção dançável, uma agitação que perece ter contagiado a plateia de Paredes de Coura em Agosto passado. Já se sabia que viriam ao SuperBock em Stock lisboeta a 23 de Novembro repetir a boa vibração e agora sabe-se que também chegarão ao Porto no dia seguinte para um concerto no Hard Club. Bilhetes já disponíveis. Bal, Bal...
segunda-feira, 23 de setembro de 2019
SPRINGSTEEEN 70!
fotografia de Frank Stefanko |
Bruce Springsteen faz hoje setenta anos!
A comemoração é pretexto para uma diversidade de iniciativas um pouco por todo o lado, de novos livros, a exposições de fotografia ou um dia inteiro de canções do Boss numa rádio irlandesa...
Entretanto, o filme referente ao último e excelente disco "Western Stars" teve já estreia no Festival Internacional de Cinema de Toronto no passado dia 12 de Setembro estando prevista a sua disseminação mundial via Warner Brothers já em Outubro. Parabéns, patrão, e não pares!
domingo, 22 de setembro de 2019
BILL CALLAHAN, SUSPIRANDO!
Ainda e sempre à espera de uma sagrada aproximação do venerável pastor Bill Callahan a um qualquer santuário purificador, aqui fica um paliativo para ir preparando a suspirada comunhão...
sábado, 21 de setembro de 2019
DAVID BRUNO, UM CROMO EM MIRAMAR!
O nome de David Bruno surgiu-nos via Antena3 no passado Festival Tremor a contar histórias de sotaque nortenho com referências curiosas a V. N. de Gaia e Rio Tinto. Hoje, pela mesma via, ao ligar o rádio em Miramar não é que o mesmo db, como é conhecido o beatmaker do Conjunto Corona, no Festival Iminente de Monsanto dedica uma canção ao Bar do Bano e ao Horto Flor do Norte, instituições de Miramar que bem conhecemos e, claro, fomos esclarecer tamanhas coincidências!
Se o primeiro álbum "O Último Tango em Mafamude" de 2018 já era um tributo à Gaia kitch que podem aprofundar na primeira pessoa aqui, o mais recente disco saído ontem que tem o maravilhoso título de "Miramar Confidencial" é uma crónica conceptual à volta de um tal Adriano Malheiro, nome que bem conhecemos dos murais da zona e que serviram de inspiração à trama das canções a ser esmiuçada por esta via. Junta-se ainda uma loja de artigos em segunda mão da Avenida de Gaia de que, caramba, somos clientes há anos, o Hotel Mirassol, o Areal, o Iodo, o Chez-Maurice, o Solar, a Céu-Azul, a capela do Sr. da Pedra, o Dom Marisco, a Madalena e até o Reijin...
sexta-feira, 20 de setembro de 2019
FAZ HOJE (28) ANOS #11
THE PSYCHEDELIC FURS, Cinema Vale Formoso, Porto, 20 de Setembro de 1991
. Público, por Amílcar Correia, fotografia de Alexandre Carvalho, 22 de Setembro de 1991, p. 32
RICHARD HAWLEY, UMA BALADA FINAL!
Começa a ser um hábito a cada último episódio de "Peaky Blinders" surgir uma versão de Bob Dylan. Em 2017, aquando da 4ª temporada, foi a vez de Laura Marling brilhar em "A Hard Rain's A Gonna Fall" o que torna agora a acontecer com Richard Hawley que se lança a "Ballad Of A Thin Man" de forma brilhante para o último trecho da 5ª temporada a exibir pela BBC no próximo Domingo.
O original incluído em "Highway 61 Revisited" em 1965 é, de qualquer forma, imbatível mas Hawley e sua banda, fãs do músico e da série, acabam por não desiludir na abordagem e cuja lírica encaixa perfeitamente na narrativa, um western urbano de mafiosos bem vestidos centrado em Birmingham dos anos 20 que recebeu já canções de Bowie, Iggy Pop, Anna Calvi, Nick Cave ou das Savages. Ficamos ansiosamente à espera do respectivo 7" de vinil que se impõe!
A referida 5ª temporada começou a ser emitida em Agosto passado e em Portugal estará disponível na Netfix a partir de dia 4 de Outubro.
O original incluído em "Highway 61 Revisited" em 1965 é, de qualquer forma, imbatível mas Hawley e sua banda, fãs do músico e da série, acabam por não desiludir na abordagem e cuja lírica encaixa perfeitamente na narrativa, um western urbano de mafiosos bem vestidos centrado em Birmingham dos anos 20 que recebeu já canções de Bowie, Iggy Pop, Anna Calvi, Nick Cave ou das Savages. Ficamos ansiosamente à espera do respectivo 7" de vinil que se impõe!
A referida 5ª temporada começou a ser emitida em Agosto passado e em Portugal estará disponível na Netfix a partir de dia 4 de Outubro.
quinta-feira, 19 de setembro de 2019
PORTO/POST/DOC REPETE SAKAMOTO!
A divulgação ontem do programa prévio da edição de 2019 do festival Porto/Post/Doc relativa à música na secção Transmission trás boas novidades. Entre os documentários a projectar destacam-se os alusivos a Leonard Cohen, a bandas como New Order ou Suede mas a nossa atenção recairá sobre a estreia pela Invicta do filme "Coda", uma biografia sobre Ryuichi Sakamoto. O imenso artista japonês já na edição do ano passado mereceu destaque com a apresentação das imagens relativas a um dos concertos nova-iorquinos do maravilhoso "async" a que só faltou mesmo juntar este "Coda", uma lacuna que se irá finalmente preencher numa qualquer noite entre 23 de Novembro e 1 de Dezembro.
ALLAH LAS, DO DESERTO PARA O MUNDO!
O novo álbum dos californianos Alla-Las está quase aí e, curiosamente, o mais recente single tem letra e cantoria em português, uma tendência infalível dos últimos tempos que assenta na indiscutível mossa provocada pela audição de boa música brasileira.
Assim, entre os treze novos temas está "Prazer Em Te Conhecer" cantado pelo baterista Matt Correia, um apelido que não engana, e que pretende fazer ainda uma enorme vénia a George Harrison. Correia é também o autor das imagens do respectivo video captadas ao longo da intensa e aventureira digressão dos últimos meses por vários continentes e regiões.
O disco chamado "LAHS" estará disponível na Mexican Summer dia 11 de Outubro mas antes a banda regressa ao nosso país, a 25 de Setembro tocam no LAV - Lisboa ao Vivo de Lisboa, depois de terem passado por Coura em 2015.
quarta-feira, 18 de setembro de 2019
DUETOS IMPROVÁVEIS #219
TIM BERNARDES & CAPITÃO FAUSTO
Recomeçar (Bernardes)
Estúdio Cuca Monga, Alvalade, Portugal
Novembro de 2018
Recomeçar (Bernardes)
Estúdio Cuca Monga, Alvalade, Portugal
Novembro de 2018
OUTONO/INVERNO: COLHEITA 2019!
Mesmo sem saber se e como nos vamos sentar por Braga, de quais os eventos apetecíveis para a mensalidade natalícia ou de muitos outros que continuam estranhamente por divulgar, aqui fica uma sugestiva e seleccionada colheita de concertos para os próximos dois meses. Como não temos dotes de ubiquidade, telecinesia ou multiplicação de euros, o melhor é mesmo ficar por aqui...
. LUBOMYR MELNYK
Culturgest, Lisboa, Quarta, 2 de Outubro (14€)
Culturgest, Lisboa, Quarta, 2 de Outubro (14€)
. KEIJI HAINO
Serralves, Porto, Quinta, 3 de Outubro (7€)
. NORBERTO LOBO
Assoc. da Pasteleira Torres Vermelhas, Porto, Sexta, 4 de Outubro (gratuito)
. JOZEF VAN WISSEM. NORBERTO LOBO
Assoc. da Pasteleira Torres Vermelhas, Porto, Sexta, 4 de Outubro (gratuito)
Teatro Rivoli, Porto, Understage, Sexta, 4 de Outubro (7€)
. GHOSTLY KISSES
Hardclub, Porto, Quinta, 10 de Outubro (20€)
. GHOSTLY KISSES
Hardclub, Porto, Quinta, 10 de Outubro (20€)
. THALIA ZADEK
Plano B, Porto, Sexta, 11 de Outubro (8€)
. EMMA RUTH RUNDLE
Hard Club, Porto, Amplifest, Sábado, 12 de Outubro (?)
. JAY-JAY JOHANSON
Auditório de Espinho, Sábado, 12 de Outubro (10€)
. THE ART ENSEMBLE OF CHICAGO
Casa da Música, Porto, Outono em Jazz, Terça, 15 de Outubro (20€)
. THE COMET IS COMING. JAY-JAY JOHANSON
Auditório de Espinho, Sábado, 12 de Outubro (10€)
. THE ART ENSEMBLE OF CHICAGO
Casa da Música, Porto, Outono em Jazz, Terça, 15 de Outubro (20€)
Hard Club, Porto, Quarta, 16 de Outubro (20€)
. SEBADOH
La Iguana, Vigo, Quarta, 16 de Outubro (17€)
. JULIE DOIRON
Radar Estudios, Vigo, Quinta, 17 de Outubro (14€)
. EFTERKLANG
Hard Club, Porto, Quinta, 24 de Outubro (25€)
. KELSEY LU
Musicbox, Lisboa, Quinta, 24 de Outubro (12€)
. JESSICA PRATT
Musicbox, Lisboa, Terça, 29 de Outubro (17€)
. HEAVY LUNGS
Festival Mucho Flow, Guimarães, Sexta, 1 de Novembro (?)
. MARK GUILIANA
Casa da Música, Porto, Outono em Jazz, Segunda, 4 de Novembro (18€)
. WEYES BLOOD
GNRation, Braga, Terça, 5 de Novembro (12€)
. BELLE & SEBASTIAN
Aula Magna, Lisboa, Quarta, 6 de Novembro (24€)
. PRIMAL SCREAM
Hard Club, Porto, Quarta, 6 de Novembro (35€)
. CHARLES LLOYD
CCVila Flor, Guimarães Jazz, Quinta, 7 de Novembro (15€)
. CASS McCOMBS
Auditório CCOP, Porto, Quinta, 7 de Novembro (15€)
. WILLIAM TYLER
Auditório de Espinho, Sexta, 8 de Novembro (8€)
. THE DIVINE COMEDY
Theatro Circo, Braga, Sábado, 9 de Novembro (32€)
. VIJAY IYER AND CRAIG TABORN
CCVila Flor, Guimarães Jazz, Sábado, 9 de Novembro (15€)
. GODSPEED YOU! BLACK EMPEROR
Hard Club, Porto, Domingo, 10 de Novembro (30€)
. JOE LOVANO TAPESTRY TRIO
CCVila Flor, Guimarães Jazz, Quarta, 13 de Novembro (15€)
. HOLLY HERNDON
Culturgest, Lisboa, Quinta, 14 de Novembro (16€). JONATHAN WILSON
Theatro Circo, Braga, FPGSentada, Sexta, 15 de Novembro (?)
. JOAN AS POLICE WOMAN
Teatro Diogo Bernardes, Ponte de Lima, Sábado, 16 de Novembro (?)
. ROBERT FORSTER
Passos Manuel, Porto, Sexta, 22 de Novembro (15€)
. THE MOUNTAIN GOATS
Cafe & Pop Torgal, Ourense, Sábado, 23 de Novembro (15€)
. AMANDA PALMER
Theatro Circo, Braga, Domingo, 24 de Novembro (20/25€)
. JOSH ROUSE
Hard Club, Porto, Quinta, 28 de Novembro (20€)
JONATHAN WILSON, UM HOMEM DO CAMPO!
Tal como anunciado em entrevista recente ao Blitz, há um disco novo de Jonathan Wilson já gravado e pronto a sair lá para Março de 2020. Ainda sem título e como se comprova pelas duas canções hoje disponibilizadas, a onda assenta numa sonoridade country ou não fosse o trabalho inteiramente registado com a ajuda da nata de músicos de Nashville, cidade onde coproduziu a totalidade dos novos temas a meias com o amigo Pat Sansonite dos Wilco.
Aparentemente e sem confirmação oficial, a não ser a palavra do próprio, Jonathan Wilson estará na próxima edição do Festival Para Gente Sentada, dia 15 de Novembro, para sozinho encantar o Theatro Circo de Braga.
Aparentemente e sem confirmação oficial, a não ser a palavra do próprio, Jonathan Wilson estará na próxima edição do Festival Para Gente Sentada, dia 15 de Novembro, para sozinho encantar o Theatro Circo de Braga.
COURTNEY MARIE ANDREWS, Auditório CCOP, Porto, 15 de Setembro de 2019
Já lá vão cinco anos sobre uma noite galega onde uma jovial Courtney Marie Andrews nos apareceu à frente para nos encantar sem piedade. Apesar de algum nervosismo, a voz e a beleza das canções passaram a merecer desde então a nossa particular atenção em discos de qualidade extrema a que muitos chamam country mas que, facilmente, ultrapassa essa ou outras etiquetas de género.
A estreia no Porto só veio confirmar o perfume de talento que há muito exala das suas canções, uma fragrância já longínqua para quem começou na adolescência a tentar a vida artística como suporte do dia-a-dia mas que, não o conseguindo, a projectou para diversos empregos e experiências, um mundo americano de proximidade inspirador de muitas dos seus temas como "How Quickly Your Heart Mends", o espelho de "muita vida" como bartender e que podemos confirmar em imagens na ternura do respectivo video...
Ao contrário da afronta política e social dos últimos tempos, foi uma América positiva e solidária que pairou na penumbra da sala e que se desfez pela claridade dos temas de voz fascinante, acelerando cenários, sons e paisagens saídos de um qualquer auto-rádio instalado num enorme convertível a caminho do mar. Era essa a travessia americana que sonhamos há muito realizar mas que nunca sequer planeamos a não ser no suporte e fundo musical que teria em Andrews a eleição perfeita. Valha-nos que, à sua custa e durante mais de uma hora, viajámos por lá sorridentes e de bom grado sem sair sequer do lugar!
A estreia no Porto só veio confirmar o perfume de talento que há muito exala das suas canções, uma fragrância já longínqua para quem começou na adolescência a tentar a vida artística como suporte do dia-a-dia mas que, não o conseguindo, a projectou para diversos empregos e experiências, um mundo americano de proximidade inspirador de muitas dos seus temas como "How Quickly Your Heart Mends", o espelho de "muita vida" como bartender e que podemos confirmar em imagens na ternura do respectivo video...
Ao contrário da afronta política e social dos últimos tempos, foi uma América positiva e solidária que pairou na penumbra da sala e que se desfez pela claridade dos temas de voz fascinante, acelerando cenários, sons e paisagens saídos de um qualquer auto-rádio instalado num enorme convertível a caminho do mar. Era essa a travessia americana que sonhamos há muito realizar mas que nunca sequer planeamos a não ser no suporte e fundo musical que teria em Andrews a eleição perfeita. Valha-nos que, à sua custa e durante mais de uma hora, viajámos por lá sorridentes e de bom grado sem sair sequer do lugar!
terça-feira, 17 de setembro de 2019
TINY RUINS, NOVO CHAMAMENTO!
O recente apelo que aqui fizemos para uma urgente passagem de Hollie Fullbrook aka Tiny Ruins por um qualquer anfiteatro vizinho, terá em breve mais um argumento de peso com a edição dia 27 deste mês de uma variante acústica de todas as canções do álbum "Olympic Girls".
As onze versões, certamente muito próximas das que a menina apresentará na digressão a solo pelos E.U.A. ao lado de, tchhh, Aldous Harding e depois pela Europa em nome próprio, foram registadas em Auckland, Nova Zelândia, em três tardes do final de 2017 com uma simples guitarra Guild emprestada pelo amigo Jonathan Lee aquando da mistura final do referido disco nos estúdios Roundhead. Olímpica, esta menina!
segunda-feira, 16 de setembro de 2019
RIC OCASEK (1944-2019)
Apesar da indisfarçável indiferença que os The Cars sempre nos causaram, alguma da urticária poderá ser incompreensível atendendo a uma corrente pop new wave de reconhecido talento saído da insistência de Rick Ocasek, falecido inesperadamente no dia de hoje. Chegamos até a tentar conhecer e perceber o porquê do tamanho do êxito e essa demanda, confessamos, acabou por suavizar um pouco a irritação. Seja como for, peace!
sábado, 14 de setembro de 2019
DRAHLA, Plano B, Porto, 12 de Setembro de 2019
O disco de estreia dos Drahla, banda de Leeds que não brinca em serviço quanto ao legado pós-punk que os Sonic Youth ou os Wire semearam sem pousio, segue todas as instruções que essa recreação sonora foi reinventando. As canções, como já foi sugerido, percorrem os tradicionais elementos instrumentais de baixo vincado a comandar a guitarra e a puxar a bateria que se reorganizam em novos padrões ao jeito de um jogo de Tetris mas há, contudo, um pormenor infeccioso que advêm do uso de um saxofone em alguns temas a cargo de um tal Chris Duffin, tornando a dose anda mais saborosa e suculenta tal como acontece no recomendado disco new wave dos French Vanilla.
Ao vivo, no recanto portuense perante meia centena de curiosos, desse toque soprado não se ouviu sequer um laivo e o trio assentou a apresentação na tal receita habitual mas cuja qualidade de execução nos surpreendeu pela excelência de atributo, entrega e competência talvez fruto de alguns anos de muita estrada e boas companhias como os Ought ou os Metz. Pena alguma frieza da plateia, pouco reactiva e algo frouxa, surpreendida pelo vigor e poderio de um som pleno e bem calibrado que durou quarenta e cinco bons e intensos minutos. Zás, voos mais altos se adivinham para os Drahla e que bem os merecem!
Ao vivo, no recanto portuense perante meia centena de curiosos, desse toque soprado não se ouviu sequer um laivo e o trio assentou a apresentação na tal receita habitual mas cuja qualidade de execução nos surpreendeu pela excelência de atributo, entrega e competência talvez fruto de alguns anos de muita estrada e boas companhias como os Ought ou os Metz. Pena alguma frieza da plateia, pouco reactiva e algo frouxa, surpreendida pelo vigor e poderio de um som pleno e bem calibrado que durou quarenta e cinco bons e intensos minutos. Zás, voos mais altos se adivinham para os Drahla e que bem os merecem!
sexta-feira, 13 de setembro de 2019
DEVENDRA BANHART, OH CAROLINA!
Numa primeira e atenta audição a "Ma", o novo de Devendra Banhart, há uma canção que de imediato se destaca pela subtileza e beleza da lírica cantada em português, uma opção que precisa de nítida prática mas que resulta num docinho de fofura.
Para aferirem da capacidade de Banhart, ouçam lá "Carolina" em duas recentes versões registadas em rádios norte-americanas, ambas com uma "abordagem" algo longe do original do disco, esse sim quase totalmente perceptível. Há ainda muito tempo até Fevereiro para confirmar a evolução linguística que se impõe para quando chegar a vez dos concertos portugueses, o verdadeiro teste final que, certamente, contará com a ajuda de toda uma plateia. E, sim, caro "caro" Devendra, deverias aprender português mas parabéns pelo esforço...
Para aferirem da capacidade de Banhart, ouçam lá "Carolina" em duas recentes versões registadas em rádios norte-americanas, ambas com uma "abordagem" algo longe do original do disco, esse sim quase totalmente perceptível. Há ainda muito tempo até Fevereiro para confirmar a evolução linguística que se impõe para quando chegar a vez dos concertos portugueses, o verdadeiro teste final que, certamente, contará com a ajuda de toda uma plateia. E, sim, caro "caro" Devendra, deverias aprender português mas parabéns pelo esforço...
WILCO, TRIBUTO DE PESO!
Não é certamente fácil melhorar as canções que os Wilco têm feito ao longo de 25 anos de carreira que se assinalam este ano mas não há nada como tentar...
O desafio lançado a dezassete cotados artistas e bandas onde se incluem nomes, no feminino, como Courtney Barnett, Cate Le Bon, Mountain Man ou Sharon Van Etten e, no masculino, Kurt Vile, Ryley Walker, Low ou Whitney, tem a forma de um CD oferta na edição de Novembro da revista inglesa Uncut à venda dia 19 de Setembro! As covers foram propositadamente registadas para o efeito (ok, parece que uma delas era já pré-existente) e servem também para assinalar o lançamento de "Ode to Joy", o décimo primeiro trabalho de estúdio dos Wilco a sair a 4 de Outubro.
Aqui fica a excelente tentativa de Cate Le Bon remexer em "Company In My Back", original incluído no mítico álbum "Ghost Is Born" de 2004.
HAND HABITS JUNTA-SE A ANGEL OLSEN!
O telefonema de um amigo atento que ainda não se apressou na aquisição de bilhete para o concerto de Angel Olsen no Porto em 24 de Janeiro próximo trazia a boa-nova - nas primeiras partes de todas as quase vinte datas programadas para Europa e que servem de apresentação do novo álbum "All Mirrors" a sair em Outubro, teremos o previlégio de ver e ouvir o projecto Hand Habbits a cargo da guitarrista Meg Duffy! A parceria repete uma digressão realizada por algumas cidades americanas em 2018 em que ambas se apresentaram sozinhas.
Este dois em um quase milagroso servirá assim também para a estreia em palcos nacionais de um conjunto maravilhoso de canções que preenche todo o álbum "placeholder" já por aqui merecidamente destacado, uma torrente talentosa que nos habituamos a ver ao vivo ao lado de Kevin Morby e em discos de William Tyer ou Weyes Blood. Adivinha-se, obviamente, um qualquer dueto ao longo de tamanho e prometedor serão...
quinta-feira, 12 de setembro de 2019
KEVIN MORBY, UM FILME DE OMG!
Disponível desde meados de Agosto no imenso tubo colectivo, os trinta minutos de "Oh My God" em filme merecem uma visualização pausada e, que se aconselha, despreocupada.
A tenacidade de Kevin Morby em conceber um acompanhamento visual para o trabalho deste ano com o mesmo nome funciona como um delírio criativo de pitada psicadélica alusiva, tal como o disco, à religião e às suas implicações metafísicas ou até filosóficas. Registado em Kansas City pelo amigo realizador Christopher Good e não God, foi com ele que escreveu um guião fantasioso que preenche de imagens algumas das grandes canções do álbum mas onde submergem situações e cenas de vincada e salutar alucinação como o diálogo fascinante com uma empregada de bar!
Resumindo, um projecto arriscado e certamente inspirador mas que deve ter custado uma pipa de massa, tanta de que até nem o site oficial escapou à cativação!
O músico tem regresso marcado a Portugal para 23 de Novembro, sábado, no Super Bock Em Stock lisboeta mas suspeitamos que ainda haverá tempo, nos dias a seguir, para um salto à amada cidade do Porto, tal como prometido em Julho passado!
A tenacidade de Kevin Morby em conceber um acompanhamento visual para o trabalho deste ano com o mesmo nome funciona como um delírio criativo de pitada psicadélica alusiva, tal como o disco, à religião e às suas implicações metafísicas ou até filosóficas. Registado em Kansas City pelo amigo realizador Christopher Good e não God, foi com ele que escreveu um guião fantasioso que preenche de imagens algumas das grandes canções do álbum mas onde submergem situações e cenas de vincada e salutar alucinação como o diálogo fascinante com uma empregada de bar!
Resumindo, um projecto arriscado e certamente inspirador mas que deve ter custado uma pipa de massa, tanta de que até nem o site oficial escapou à cativação!
O músico tem regresso marcado a Portugal para 23 de Novembro, sábado, no Super Bock Em Stock lisboeta mas suspeitamos que ainda haverá tempo, nos dias a seguir, para um salto à amada cidade do Porto, tal como prometido em Julho passado!
quarta-feira, 11 de setembro de 2019
DANIEL JOHNSTON (1961-2019)
A vida de Daniel Johnston que hoje chegou ao fim sugere uma montanha de problemas e dependências enroladas mas que nem uma indefensável doença degenerativa o retirou das cassetes, das canções ou das digressões. Ver o documentário sobre essa turbulência deu-nos uma série de nós na garganta mas na altura aproximava-se uma surpreendente visita ao Porto maravilhosamente documentada pela La Blogothèque... Vê-lo, resistente, em 2013 no Parque da Cidade perante uma multidão unida na homenagem e aplauso é, ainda hoje, um daqueles memoráveis momentos que emociona e nos satura os olhos de água pelo simples amor à música. Peace!
JOSH ROUSE, NATAL EM CALÇÕES?
Pode ser que, às tantas, as velozes mudanças climáticas nos levem à praia em pleno Natal ao jeito da Bondi Beach australiana carregada de surfistas com barrete de Pai Natal, mas o mais que espanhol vindo do Nebraska chamado Josh Rouse antecipa tudo e todos e anuncia um álbum natalício que, diz, pode ser ouvido ao longo de todo o ano!
O agora mediterrânico valenciano promete melodias harmoniosas de paisagem nostálgica, uma pop que Rouse pratica e bem há mais de vinte anos e que receberá o simples nome de "The Holiday Sounds of..." a sair no primeiro dia de Novembro. Numa edição limitada do disco, inclui-se um EP de 12" com algumas demos e uma versão incontornável de "All I Want For Christmas" da Maria Cárie.
Relembra-se que Josh Rouse tem concerto pré-natalício marcado para o Hard Club no dia 28 de Novembro. Oh, Oh, Oh!
d
TINY RUINS, UM CHAMAMENTO!
Caros e prezados promotores abençoados,
Tem esta casa primado por manter segredo quanto ao efeito das canções da menina Hollie Fullbrook aka Tiny Ruins. Estávamos a brincar. Queremos que a habituação de origem nos antípodas neozelandeses se espalhe sem contemplações por entre almas sensíveis e bondosas como quase todas as que se sentam no escuro dos vossos teatros, salas ou auditórios e que têm, certamente, o gosto e prazer em acolher e bem receber.
É certo que também temos a Jacklin, a Bedouine, a Tomberlain, a Pratt ou a Russack mas atendendo à dependência emitida pelo último disco "Olympic Girls", aqui fica o apelo para que, mesmo não desprezando uma qualquer oportunidade para fazer chegar perto alguma dessas feiticeiras, não se distraiam nos chamamentos logo agora que a menina Hollie tem uma rara digressão a solo no Outono marcada para a Europa que só termina em meados de Novembro.
Bem hajam!
Assinado,
Um depedente desesperado
terça-feira, 10 de setembro de 2019
DUETOS IMPROVÁVEIS #218
TIM BERNARDES & SALVADOR SOBRAL
Anda Estragar-me os Planos (Cortesão/Cabral)
Versão original incluída no álbum "Paris Lisboa", 2019
Anda Estragar-me os Planos (Cortesão/Cabral)
Versão original incluída no álbum "Paris Lisboa", 2019
HOLLY MIRANDA, Festival Manta, C. C. Vila Flor, Guimarães, 7 de Setembro de 2019
Não há fome que não dê em fartura! Se Holly Miranda era até há pouco mais de um ano uma artista que perecia distante do norte do país, desde a sua estreia no Hard Club em Novembro passado que a curiosidade e atenção sobre as suas canções cresceu a olhos vistos, sendo esta dádiva do Manta a oportunidade para o culto se confirmar e alastrar.
Em sessenta minutos, só houve tempo para três originais, um deles inédito e posicional em relação à política norte-americana ("Exile in Alicante"), já que a bem disposta Miranda decidiu descomprimir de um outro concerto na mesma tarde por Espanha ao alinhar um série de dez versões distintas e poderosas! Queixou-se da voz, alérgica a um qualquer gramínea galega, mas não notamos o defeito já que a continua catadupa de covers recebeu um exemplar tratamento e afago quer ao piano quer à guitarra, uma invejável colecção que dispensou Jeff Buckley mas triplicou no songbook de Cohen, entre George Harrison, Sam Cooke, Van Morrison, Irving Berlin, Springsteen, Nina Simone e, caramba, Portished! Só faltou, diríamos, o "Under a Blanket of Blue" do Sinatra... Obrigato!
Em sessenta minutos, só houve tempo para três originais, um deles inédito e posicional em relação à política norte-americana ("Exile in Alicante"), já que a bem disposta Miranda decidiu descomprimir de um outro concerto na mesma tarde por Espanha ao alinhar um série de dez versões distintas e poderosas! Queixou-se da voz, alérgica a um qualquer gramínea galega, mas não notamos o defeito já que a continua catadupa de covers recebeu um exemplar tratamento e afago quer ao piano quer à guitarra, uma invejável colecção que dispensou Jeff Buckley mas triplicou no songbook de Cohen, entre George Harrison, Sam Cooke, Van Morrison, Irving Berlin, Springsteen, Nina Simone e, caramba, Portished! Só faltou, diríamos, o "Under a Blanket of Blue" do Sinatra... Obrigato!
segunda-feira, 9 de setembro de 2019
O BOM, O MAU E O AZEVEDO + JP SIMÕES/BLOOM, Piquenique Dançante Sobre a Relva, Casa da Artes, Porto, 7 de Setembro de 2019
Como cantava Lou Reed, o dia era perfeito para um copo de sangria pelo parque, neste caso, o frondoso jardim da Casa das Artes. A oferta de bebidas era diversa e o ambiente descontraído, um misto de passeio de pais e filhos ou amigos em fim ou início de férias e um encontro informal de músicos e outros artistas, todos a pôr a conversa e as brincadeiras em dia sem pressões desde que houvesse música de fundo e sombra para juntar cerveja ou chá gelado aos snacks trazidos de casa.
No palco, quando chegamos, soava um género de surf-rock de guitarrada vincada quase em jeito de homenagem ao pioneiro Dick Dale, falecido este ano mas eternizado em "Pulp Fiction". A receita vintage a cargo de O Bom, O Mau e o Azevedo nada tem de novo ou moderno e ainda bem já que o quarteto do Porto pretende recriar-se sem sacrilégios no género e, nesse sentido, quer os originais apresentados quer a trilogia de versões com que finalizaram a subida ao palco funcionaram na perfeição para ajudar a abanar a ramagem e disfarçar o calor. Só faltou o barulho das ondas!
Já lá vão três anos desde que JP Simões criou o alter ego Bloom para percorrer canções originais cantadas em língua inglesa incluídos no disco "Tremble Like A Flower". É a guitarra, contudo, que continua a comandar uma composição mais despida mas notoriamente mais exuberante na atitude e animação, um género pop experimental que inclui até caixa de beats e camadas sobrepostas de acordes. Mantêm-se, claro, as histórias entre canções, os sarcasmos e as larachas que fazem sempre falta e que, desta vez, tornearam sorrisos entre cigarros sobre participações chuvosas em festivais brasileiros ou encomendas de outros concursos como o do Festival da Canção tuga para o qual escreveu e cantou "Alvoroço", um género de repto transformado em desabafo... que não tem cales é preciso cantar, sempre!
Entre subidas e descidas do palco, coube ao David Freitas animar as hostes com as suas curtas mas animadas versões pimba de imediata replicação colectiva a que ninguém resiste ou não fossem José Malhoa ou Marco Paulo verdadeiros monumentos de imaterialidade. O momento serviu ainda para, mais a sério, promover o seu projecto Ambulance For Hearts que visa levar até a um orfanato da Guiné Bissau um carregamento generoso de leite de substituição materno. Toca a divulgar e/ou ajudar!
No palco, quando chegamos, soava um género de surf-rock de guitarrada vincada quase em jeito de homenagem ao pioneiro Dick Dale, falecido este ano mas eternizado em "Pulp Fiction". A receita vintage a cargo de O Bom, O Mau e o Azevedo nada tem de novo ou moderno e ainda bem já que o quarteto do Porto pretende recriar-se sem sacrilégios no género e, nesse sentido, quer os originais apresentados quer a trilogia de versões com que finalizaram a subida ao palco funcionaram na perfeição para ajudar a abanar a ramagem e disfarçar o calor. Só faltou o barulho das ondas!
Já lá vão três anos desde que JP Simões criou o alter ego Bloom para percorrer canções originais cantadas em língua inglesa incluídos no disco "Tremble Like A Flower". É a guitarra, contudo, que continua a comandar uma composição mais despida mas notoriamente mais exuberante na atitude e animação, um género pop experimental que inclui até caixa de beats e camadas sobrepostas de acordes. Mantêm-se, claro, as histórias entre canções, os sarcasmos e as larachas que fazem sempre falta e que, desta vez, tornearam sorrisos entre cigarros sobre participações chuvosas em festivais brasileiros ou encomendas de outros concursos como o do Festival da Canção tuga para o qual escreveu e cantou "Alvoroço", um género de repto transformado em desabafo... que não tem cales é preciso cantar, sempre!
Entre subidas e descidas do palco, coube ao David Freitas animar as hostes com as suas curtas mas animadas versões pimba de imediata replicação colectiva a que ninguém resiste ou não fossem José Malhoa ou Marco Paulo verdadeiros monumentos de imaterialidade. O momento serviu ainda para, mais a sério, promover o seu projecto Ambulance For Hearts que visa levar até a um orfanato da Guiné Bissau um carregamento generoso de leite de substituição materno. Toca a divulgar e/ou ajudar!
sábado, 7 de setembro de 2019
HANIA RANI, Auditório CCOP, 5 de Setembro de 2019
Em noite calorenta, a anunciada sessão de terapia multi-sensorial permitiu, desde logo, preencher o renovado auditório portuense até à lotação máxima. A intensidade da procura residia numa expectativa quanto ao falado dão de Hania Rani se juntar ao seu piano para nos aplicar um tratamento simples e sem dor que previne irritações ou tensões, induzindo nos ouvintes praticantes um género de alienação periférica.
Há, no entanto, que manter a atenção e a concentração para que o efeito se instale como rapidamente se fez notar e sentir a que se juntou um por nós desconhecido método de cinco momentos - canções, sim, canções talvez ainda inéditas de voz perfeita e encantadora, o que é uma novidade bem vinda para quem só ouviu os instrumentais do magnífico disco de estreia e que, em dia de aniversário da artista, foram uma dádiva surpreendente de resposta fortemente aplaudida. Muitas felicidades, muitos anos de vida, cantam as nossas almas... Obrigado, Hania e parabéns!
Há, no entanto, que manter a atenção e a concentração para que o efeito se instale como rapidamente se fez notar e sentir a que se juntou um por nós desconhecido método de cinco momentos - canções, sim, canções talvez ainda inéditas de voz perfeita e encantadora, o que é uma novidade bem vinda para quem só ouviu os instrumentais do magnífico disco de estreia e que, em dia de aniversário da artista, foram uma dádiva surpreendente de resposta fortemente aplaudida. Muitas felicidades, muitos anos de vida, cantam as nossas almas... Obrigado, Hania e parabéns!
sexta-feira, 6 de setembro de 2019
EMILY JANE WHITE, FOGO IMANENTE!
Não, não, nada tem nada com o a calor que vai apertando e o regresso trágico dos incêndios. Trata-se, isso sim, de algo menos importante como um novo disco da menina Emily Jane White que terá o título de "Immanent Fire" a sair em meados de Novembro na independente francesa Talitres.
O trabalho, dedicado à mãe natureza e à sua sagração no feminino, serve de alerta contra a actual exploração violenta dos recursos naturais em acções totalmente descontroladas e cujas consequências são mais que evidentes. Ouça-se então, "The Light", um magnífico primeiro grito de revolta em forma de hino atmosférico.
Haverá digressão pela Europa já a partir de Dezembro e, neste âmbito, será previsível o regresso a palcos nacionais, costume antigo que remonta já ao ano de 2010!
UMA PRENDINHA DOS THE INNOCENCE MISSION!
Passaram já vinte anos sobre a edição de "Birds of My Neighboord" dos sagrados The Innocence Mission, um quarto álbum que marcava a partida do baterista Steve Brown mas onde repousavam uma série de canções tesouro que poucos ouviram. No baú cintilava a magnífica "The Lakes of Canada" de que mais tarde (2007) um jovem atento chamado Sufjan Stevens haveria de fazer uma versão ao ar livre...
Em jeito comemorativo, surge agora uma reinterpretação dessa canção por Karen e Don Peris que não anda muito longe do original e que nos é simplesmente oferecida de forma bondosa e preciosa.
Em jeito comemorativo, surge agora uma reinterpretação dessa canção por Karen e Don Peris que não anda muito longe do original e que nos é simplesmente oferecida de forma bondosa e preciosa.
quinta-feira, 5 de setembro de 2019
TIM BERNARDES, O RECOMEÇO DE RECOMEÇAR!
Antecipando a digressão a solo que se aproxima de Tim Bernardes, está agora disponível uma curta metragem evocativa do álbum "Recomeçar" editado em 2017, um género de making off dirigido por André Dip e José Menezes, os mesmos que realizaram há mais de um ano o video oficial que conhecíamos dessa fabulosa canção. O hábito em divulgar os processo de criação e filmagem foi também já aplicado à sua banda O Terno, com a promoção em Julho de uma pequeno documentário sobre o álbum mais recente "atrás/além".
O novo filme, que sugere até paisagens portuguesas, foi registado em película de formatos antigos (S16 e S8) e posteriormente aprimorado digitalmente e nele podemos ainda ouvir novas versões dos temas "Não", "Pouco é Pouco" e "Calma". O novo Tim da canção brasileira regressará ao Porto no dia 23 de Setembro depois de ter passado por Loulé, Lisboa, Santarém e Aveiro, culminando a digressão em Braga dois dias depois.
O novo filme, que sugere até paisagens portuguesas, foi registado em película de formatos antigos (S16 e S8) e posteriormente aprimorado digitalmente e nele podemos ainda ouvir novas versões dos temas "Não", "Pouco é Pouco" e "Calma". O novo Tim da canção brasileira regressará ao Porto no dia 23 de Setembro depois de ter passado por Loulé, Lisboa, Santarém e Aveiro, culminando a digressão em Braga dois dias depois.
HANIA RANI, HOJE HÁ SESSÃO DE TERAPIA!
A jovem pianista polaca Hania Rani namora há muito com o piano vertical, dito de armário, com quem se arrolhou em definitivo para vida. De vez em quando ainda o troca por um mais comprido e imponente ao lado de orquestras ou quartetos de cordas mas é o conforto do primeiro amor que a inspirou no registo das suas composições plasmadas no álbum de estreia "Esja" editado este ano
na eclética Gondwana Records de Manchester ao lado, por exemplo, dos enormes Portico Qurtet.
Esses pedacinhos sonhadores já por cá tinham sido apresentados aquando da estreia por Vila Real e Portalegre no início do ano mas o regresso era inevitável e quase previsível. Hoje, na penumbra perfeita do auditório do Círculo Operário Católico, ali na rua Duque de Loulé, a sessão de terapia encantada afigura-se um momento de hipnose levitante de fazer espantar qualquer réstia de sonolência. Levem amor!
quarta-feira, 4 de setembro de 2019
(RE)LIDO #84
ESTOCOLMO
de Sérgio Godinho. Lisboa: Quetzal, 2019
O impulso é antigo e perigoso: ler romances de músicos respeitados e corajosos que se aventuram na ficção. São, certamente, muitos os exemplos de boas novelas - basta lembrar o nome de Chico Buarque - mas não temos tido sorte nas nossas escolhas que alcançam num ápice o estatuto de pura desilusão ou aceleram uma prematura desistência.
No caso de Sérgio Godinho, um primeiro escrito romanceado chamado "Vida Dupla" parecia ser uma estreia segura e prometedora a fazer sonhar com desafios de maior risco e sedução. No caso de "Estocolmo", o seu segundo romance editado este ano, ao fim de poucas páginas o desapontamento começa a instalar-se flutuante numa trivialidade dispensável.
Pode ser mania, mas nunca gostamos das capas onde o nome do autor é bem maior que o título do livro, uma opção comercial que quase sempre é fraco sinal. O argumento metafórico sobre o que é a liberdade e a sujeição com contornos de predação sexual envolvendo uma quarentona apresentadora de televisão e um jovem estudante à procura de quarto numa grande cidade até que parece uma boa ideia mas a narrativa acelera num género de "nove semanas e meia" de má memória que surpreende pela audácia mas que está longe de convencer. Lê-se numa tarde para logo se esquecer à noite...
FAZ HOJE (27) ANOS #10
terça-feira, 3 de setembro de 2019
segunda-feira, 2 de setembro de 2019
DEVENDRA BANHART, NOVO VOO!
Anunciam-se dois concertos de Devendra Banhart em Portugal para apresentar o novo disco "Ma", trabalho com data de saída prevista para 13 de Setembro. Como qualquer frente a frente com o artista é sempre uma experiência de intensidade compensadora, nada como repetir a viagem sonora a 15 de Fevereiro de 2020 no Hard Club e que no dia seguinte desce em vertigem até ao Capitólio lisboeta. Três dias antes de uma outra descolagem prevista para o mesmo "aeroporto" (Big Thief, 18 de Fevereiro), não arrisquem um qualquer overbook flight...
LITTLE WINGS, CALMANTES NATURAIS!
Há nas canções da lenda viva que é Kyle Field uma narcótica poção de aproximação à aparente felicidade em estarmos vivos. A prescrição de Little Wings tem agora mais uma grande dose de nome "People", dez pílulas anti-depressivas com asas que contam com ajudas preciosas das guitarras milagreiras de Neal Casal, Jake Longsteth ou Lee Bagett. Ressacas pós-férias? Alunos barulhentos? Clientes irritados? Calma, people!
domingo, 1 de setembro de 2019
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