I wich I could believe in the 2020...
BOM ANO!
terça-feira, 31 de dezembro de 2019
sexta-feira, 27 de dezembro de 2019
DUETOS IMPROVÁVEIS #222
SHARON VAN ETTEN & NORAH JONES
Seventeen (Etten)
The Late Show with Stephen Colbert, CBS Television Studios
Nova Iorque, EUA, 11 de Dezembro de 2019
Seventeen (Etten)
The Late Show with Stephen Colbert, CBS Television Studios
Nova Iorque, EUA, 11 de Dezembro de 2019
MOURINHO, THE MAN & THE ECHO!
O que fazem Trump, Boris Johnson, King Jong-un ou Sir Richard Branson à volta de uma piscina vazia rodeados de cabrinhas? Juntam-se a José Mourinho para a capa do primeiro single "A Capable Man" do segundo álbum da banda inglesa Man & The Echo editado em Julho passado com o nome de "Men of the Moment". Só têm é que os tentar identificar... Esta é mais uma das muitas obras de Cold War Steve, ou seja, Christopher Spencer, especialista em colagens satíricas e humorísticas realizadas a partir de um iPhone que tanto podem ser usadas como capa da revista Time e de vários livros como em instalações em Glanstonbury ou em apropriadas galerias de museus da Escócia.
A vinda da banda a Portugal para a primeira parte dos concertos dos The Divine Comedy em Novembro passado, uma agradável meia-hora de pop adulta com sabor a China Crisis, Ultravox, Elvis Costello ou XTC, deu-nos a possibilidade de, mesmo às escuras, adquirir esta peça de colecção de auto-edição limitada a quinhentos exemplares e de valorização contínua... A special one!
quinta-feira, 26 de dezembro de 2019
AMBULANCE FOR HEARTS, MEGA EVENTO NA BAIXA!
O projecto solidário "Ambulance For Hearts" da iniciativa do David Freitas terá no próximo sábado, 28 de Dezembro, mais uma oportunidade para se dar a conhecer e multiplicar. Juntando as lojas Mercado 48 e Ovelha Negra, ambas na Rua da Conceição da baixa do Porto, no Mega Evento haverá descontos mediante qualquer contributo para o projecto que tem "como objectivo comprar uma carrinha e levá-la por terra, recheada de leite de substituição materno e outras coisas boas, até à casa da Mamé Ussai, uma casa que acolhe crianças sós em Catió, no Sul da Guiné-Bissau, onde será doada juntamente com o seu recheio". Pormenores aqui.
Prometidas estão várias surpresas, música ao vivo e, aproveitando o ambiente festivo, estaremos de bom grado a tirar o pó aos discos de vinil a partir das 16h00. Vamos lá ver se não nos esquecemos deste... Apareçam!
EMILY JANE WHITE, REGRESSO AO VIVO!
Como sugerido já em Setembro passado, a menina Emily Jane White tem regresso marcado a Portugal para uma dose dupla de concertos, a saber, no dia 20 de Fevereiro, quinta-feira, no Salão Brazil em Coimbra e no dia seguinte no Teatro Diogo Bernardes em Ponte de Lima. A digressão serve para a apresentação do excelente álbum "Immanent Fire" para o que terá a ajuda do guitarrista John Courage e do baterista Dan Ford.
terça-feira, 24 de dezembro de 2019
SINGLES #47
PAT BOONE - Merry Christmas
Inglaterra: London Records - RE-D.1128, EP 45RPM, 1958
Atrás de Elvis Presley, diz-se que Pat Boone foi o cantor mais popular de finais dos anos cinquenta naquele jeito cheio de estilo de encantar uma juventude ainda em fase de libertação. Vendeu milhões de discos, foi arrebanhado para os filmes mantendo ainda hoje activa uma carreira como comentador conservador de política... Não faltam, por isso, pequenos discos de Natal tão populares nessa época de explosão do rock & roll e são dele duas das versões gingonas e sexagenárias de clássicos como "Jingle Bells" e "Santa Claus is Comin' to Town" de que mais gostamos. Estão seguidas no lado B deste EP inglês de capa sugestiva e contra-capa onde se podia escrever o nome do sortudo a quem cabia receber a rodela no caso de uma oferta, tudo devidamente autografado de forma impressa pelo próprio artista para fintar uma proximidade por muitas suspirada!
Rocking throuhg the snow... Merry Christmas!
segunda-feira, 23 de dezembro de 2019
(RE)VISTO #75
ENGLAND IS MINE
de Mark Gill. Reino Unido; Umbrella Entertainment, DVD, 2017
A ideia de realizar um filme biográfico sobre o jovem Steven Patrick Morrissey antes da fama que os The Smiths acarretariam é, no mínimo, um acto de coragem. A façanha a cargo do inglês Mark Gill estreou em 2017 sob fortes holofotes da imprensa internacional ou não fosse o assunto um explosivo cocktail de polémicas: proibição de uso das canções da banda, autorização e consentimento recusados (ignorados?) do próprio retratado e um argumento passível de ser credível baseado na própria autobiografia editada uns anos antes. Pondo para o lado tamanha receita de implicações prévias, diremos que, mesmo assim, o ponto de partida seria sempre intermitente e receoso.
Nos anos setenta do século passado a cidade de Manchester não era certamente o centro vibrante do planeta para um jovem emulsionado numa luta desigual entre o (seu) mundo da escrita, dos concertos e da sua reportagem e a pressão familiar para o raio do emprego e o salário. Como nervo central deste panorama de curta anatomia de personagens está o actor Jack Lowden num papel difícil mas vibrante que por si só vale o esforço do jovem realizador em concentrar nele todo o zelo e minúcia do enredo mas onde também merece menção honrosa a actriz Jessica Findley, a confidente e amiga artista Linder Sterling, uma airosa e cativante presença que ajuda e muito a incandescer o ambiente carregado.
O retrato supostamente credível vertido em livro pelo próprio Morrissey confirma-se na emersão de uma inaptidão nos relacionamentos em que uma timidez doentia dispara o travão a uma almejada afirmação artística - ser cantor numa banda e autor das letras das suas canções de forte inspiração literária. O filme joga, e bem, nessa tensão entre o sonho e a realidade, entre os impulsos ténues para pegar no microfone e o dia-a-dia dos empregos tremidos e desprezíveis como arquivista ou auxiliar num hospital até que o primeiro parceiro, o guitarrista Billy Duffy dos futuros The Cult e forte influência de um tal Johnny Marr, rompe uma prometedora experiência para gravar e tocar ao vivo em Londres.
Dilacerado pela traição, Steven submerge na tristeza, acelera na medicação e no refúgio caseiro, uma perigosa trilogia clássica de depressão que levou à perda de Ian Curtis ou Nick Drake (ainda não há filme!) mas que no caso de Morrissey se supera pela forte influência amiga de uma mãe que acredita nas virtudes e capacidades do filho. Depois, há uma campainha de casa que toca e, abrindo a porta, ali surge um motivado Johnny Marr a propor uma parceria e a oportunidade de experimentar, momento aproveitado para que a película se aproxime do fim quando a situação se inverte e é Marr a abrir a porta... O resto da história, para quem viveu os anos oitenta, é sabida de cor e soletrada em muitas canções dessa dupla maravilha que o tempo haveria, contudo, de separar até aos dias de hoje. Mesmo com imperfeições ou reparos, restou este filme honesto que lhe faz justiça e, mesmo sem querer, uma homenagem merecida.
sábado, 21 de dezembro de 2019
3X20 ESPECIAL 2019
20 CANÇÕES X 20 ÁLBUNS X 20 CONCERTOS
+ 10 Low + 10 High 2019
Aqui ficam, para memória futura, as últimas escolhas e reparos da década!
20 Canções:
1. BRUCE SPRINGSTEEN - Sundown »»»
2. SHARON VAN ETTEN - Seventeen »»»
3. WEYES BLOOD - A Lot's Gonna Change »»»
4. JULIA JACKLIN - Pressure to Party »»»
5. ANGEL OLSEN - Chance »»»
6. STRAND OF WOAKS - Forever Chords »»»
7. FIONN REGAN - Hauting Dog »»»
8. TORO Y MOI - Freelance »»»
9. HELADO NEGRO - Running »»»
10. PERRY BLAKE - Charlie Chaplin »»»
11. FAT WHITE FAMILY - Feet »»»
12. THE DIVINE COMEDY - Norman And Norma »»»
13. ANGELO DE AUGUSTINE - Time »»»
14. FONTAINES D.C. - Boys in the Better Land »»»
15. THE MOUNTAIN GOATS - Sicilian Crest »»»
16. JAMES BLAKE - I' ll Come »»»
17. HEATHER WOODS BRODERICK - A Stilling Wind »»»
18. MOLLY BURCH - Only One »»»
19. BIBIO - Old Grafitti »»»
20. FRENCH VANILLA - Friendly Fire »»»
20 Álbuns:
1. WEYES BLOOD - Titanic Rising
2. NICK CAVE AND THE BAD SEEDS - Ghosteen
3. BRUCE SPRINGSTEEN - Western Stars
4. TINY RUINS - Olympic Girls
5. KELSEY LU - Blood
6. ANGEL OLSEN - All Mirrors
7. BILL CALLAHAN - Shepherd in a Sheepskin Vest
8. BIG THIEF - U.F.O.F.
9. JESSICA PRATT - Quiet Signs
10. JOAN SHELLEY - Like the River Loves the Sea
11. THE DELINES - The Imperial
12. ALDOUS HARDING - Designer
13. ANGELO DE AUGUSTINE - Tomb
14. DANIEL MARTIN MOORE - Never Look Away
15. JESCA HOOP - Stonechild
16. FRENCH VANILLA - How Am I Not Myself?
17. DAMIEN JURADO - In the Shape of a Storm
18. SHARON VAN ETTEN - Remind Me Tomorrow
19. OUR NATIVE DAUGHTERS - Songs of Our Native Daughetrs
20. KEVIN MORBY - Oh My God
20 Concertos:
1. KAMASI WASHINGTON, Hard Club, Porto, 10 de Maio »»»
2. BIG THIEF, Primavera Sound, Porto, 8 de Junho »»»
3. ELEPHANT9, Serralves em Festa, Porto, 1 de Junho »»»
4. MARC RIBOT, Auditório de Espinho, 30 de Abril »»»
5. THE COMET IS COMING, Hard Club, Porto, 16 de Outubro »»»
6. ALDOUS HARDING, Primavera Sound, Porto, 7 de Junho »»»
7. SCOTT MATTHEWS, Teatro Vista Alegre, Ílhavo, 1 de Fevereiro »»»
8. KING SALAMI & THE CUMBERLAND THREE, Barracuda, Porto, 24 de Maio »»»
9. BENJAMIN CLEMENTINE, Teatro Aveirense, Aveiro, 5 de Junho »»»
10. ROBERT FORSTER, Passos Manuel, Porto, 22 de Novembro »»»
11. WEYES BLOOD, GNRation, Braga, 5 de Novembro »»»
12. IVES TUMOR, Primavera Sound, Porto, 8 de Junho »»»
13. COLIN STETSON, GNRation, Braga, 7 de Abril »»»
14. LAURA GIBSON, Auditório de Espinho, 9 de Março »»»
15. BILL RYDER-JONES, Hard Club, Porto, 12 de Junho »»»
16. SONS OF KEMET XL, Primavera Sound, Porto, 7 de Junho »»»
17. EFTERKLANG, Hard Club, Porto, 24 de Outubro »»»
18. WILLIAM TYLER, Auditório de Espinho, 8 de Novembro »»»
19. THE MOUNTAIN GOATS, Café & Pop Torgal, Ourense, 23 de Novembro »»»
20. SOLANGE, Primavera Sound, Porto, 6 de Junho »»»
10 Low:
. os mais de quatro milhões de portugueses que não votaram;
. um JJesus em modo Deus na televisão nacional sem excepção;
. os inclassificáveis atentados ao património cultural e paisagístico da cidade;
. as contínuas atitudes e provocações do senhor Morrissey "Moz";
. a saga "Brexit", uma novela real que parece ficção;
. o resgate do planeta Terra e o cinismo da maioria dos jovens manifestantes;
. os inseguros "bicos de pés" dos novos partidos na Assembleia;
. um tal de Balvin de camisola CR7 no Parque da Cidade;
. o irresolúvel e caótico trânsito da Invicta;
. o raio da hipermetropia aka pitosguice crescente...
10 High:
. a invasão jazzística inglesa em discos e concertos;
. o paraíso soul da Rádio Nova a partir da meia-noite;
. as confissões/canções de A Playlist De... na TSF;
. a festa em palco dos Big Thief e dos amigos a acabar a digressão;
. a revista Ler, uma pérola editorial que resiste;
. a eficácia de um passe único de transportes;
. a aparição aos fiéis de Aldous Harding no Parque da Cidade;
. o ténis de João Sousa em Wimbledon;
. o emocionante fair play do guineense Braima Dabó;
. polémicas à parte, o termos finalmente o Palácio de Cristal recuperado!
sexta-feira, 20 de dezembro de 2019
(RE)LIDO #86
AUTOBIOGRAPHY
de Morrissey. Londres; Penguin Classics, 2013
A carreira a solo de Morrissey, que leva já mais de uma trintena de anos, é por si só uma jornada digna de registo. Contudo, a maioria dos eternos aficionados dos The Smiths parece que aos poucos lhe foi virando as costas a que não será alheio o seu inconstante e irritante feitio, uma montanha russa de imprevisíveis afrontas, amuos, ou provocações. Basta, para isso, estar atento à serie de episódios em catadupa ao longo do corrente ano para o comprovar. É só escolher!
Serve este desabafo de um fã antigo mas desiludido, para tentar expressar, mesmo assim, a validade da biografia que o próprio decidiu escrever, um testemunho ritmado e vigoroso desde os tempos de infância numa Manchester mal amada até ao refúgio em Los Angeles. Na sua aparente sinceridade, a narrativa torna-se aditiva e sôfrega, focada na amargura de uma infância solitária, na rejeição vivida durante o ensino colegial e no despertar obstinado para a música, os concertos e os heróis, uma primeira parte do livro onde os momentos de partilha são mais saborosos de ler e, sinceramente, os mais brilhantes.
Depois, como que preparado com minúcia, começam a acentuar-se as questiúnculas legais e ilegais, os rompimentos, as separações e os eternos problemas gerados pelo fenómeno The Smiths e uma nítida fixação, os topes e os números uns. A demora de cento e quarenta páginas até aparecer o nome de Johnny Marr é um sinal de uma estratégia de vitimização ou não fosse Morrissey sinónimo de miserável, "misery", "mozzery " e "Mozz", o cognome que sempre rejeitou mas de que tanto se orgulha! A descrição em cinquenta páginas do processo em tribunal por direitos de autor contra o baixista da banda Andy Rourke é, a esse nível, uma xaropada dispensável mas que, lá está, o próprio queria certamente contar à sua maneira numa visão muito particular do imbróglio atravessada na garganta.
A mudança para Los Angeles e para a imensidão americana - "I’m
alone, of course, but that is quite usual" - confirma a obstinação com uma solidão constante mesmo que o desfile de vedetas vizinhas a querer companhia e atenção seja relatado como ofensivo e antipático. Ou seja, o homem não gosta de ninguém e parece também não gostar que gostem dele apesar de ter escrito um belo de um livro onde a vida íntima é pormenor atendendo a que Morrissey só há um, é este incompreendido e mais nenhum!
quinta-feira, 19 de dezembro de 2019
(RE)LIDO #85
LIST OF THE LOST
de Morrissey. Londres, Penguin Books, 2015
Na tentativa de recuperar algum do tempo perdido não a ler os livros mas a escrever sobre eles, retomamos agora a apreciação de um punhado de escritos a que fomos deitando os olhos com esforço redobrado nos últimos anos atendendo a que a leitura ao perto está cada vez mais refeita e difícil.
Para que essa demanda fizesse sentido escolhemos Morrissey, um figurão mor autor da sua própria biografia mas também de um pequeno romance posterior cuja capa de fotografia com um atleta em pleno esforço nos aguçou a curiosidade na altura da sua disponibilidade nas prateleiras de uma qualquer FNAC. Assim, antes de ganhar coragem para as confissões em nome próprio, nada como testar as capacidades ficcionais de um dos mais brilhantes autores de líricas para canções que a pop inglesa conheceu...
Este entusiasmo inicial, contudo, cedo se converteu numa decepção acelerada, um azar que parece uma sina quanto a músicos que se dedicam aos romances, muito por culpa de um enredo zangado e de um niilismo aparentemente propositado que envolve uma jovem equipa de corridas de estafetas em modo libidinoso e sobranceiro, a morte de um demónio (!) e a consequente maldição!
Bastará uma consulta na diagonal ao que a wikipedia recolheu sobre este suposto romance para constatar as coincidências na frustração e a imediata recomendação na dispensa de um livro sem fluidez, desgarrado do seu contexto dos anos 70 e em que cada um dos quatro personagens sugere ser um alter-ego de personalidades do próprio autor - infância conturbada, rejeição e pouca força de viver. Houve até quem se desse ao trabalho de compilar os seus dez piores parágrafos, uma perseguição bizarra que certamente o próprio Morrissey agradeceu e anteviu naquele seu jeito de se comiserar que "ninguém gosta de mim". Uma perca de tempo e um verdadeiro last of the list que, mesmo assim, vale cinquenta euros como peça assinada!
quarta-feira, 18 de dezembro de 2019
NO CAMINHO DE SÃO LEE FIELDS!
Confessamos, desde já, alguma tristeza ao olhar para o recorte do mapa ibérico que anuncia a próxima digressão de Lee Fields & The Expressions para a vizinha Espanha sem contemplar qualquer sinal de aproximação ao nosso rectângulo invisível...
Sendo assim, a decisão está tomada - atendendo às oportunidades perdidas para ver um dos últimos senhores da soul é desta que faremos o caminho até Santiago de Compostela no dia 10 de Maio, Domingo, do próximo ano. Bom caminho!
KELLY FINNIGAN, NATAL DE PROXIMIDADE!
Agora que estamos oficialmente a uma semana do dia Natal chegou a hora de receber prendinhas que, mesmo ainda imateriais, sabem sempre bem - é o caso de "Heartbreak for Christmas", canção do jovem fenómeno soul Kelly Finnigan registada num single verdinho de vinil prontinho a embelezar qualquer colecção. O antigo frontman da banda Monophonics lançou este ano em nome próprio o álbum de estreia "The Tales People Tell" do qual foram já retirados pelo menos duas canções passadas a rodelas pequenas, um hábito salutar que agradecemos e que a sua faceta de Dj não dispensa.
Mas a esta prendinha deve juntar-se uma presença obrigatória no concerto único em território nacional que se anuncia para dia 29 de Fevereiro, Sábado, no Auditório de Espinho, onde contará com a ajuda do septeto The Atonements de São Francisco, uma festa de proximidade de sabor cem por cento soul como convêm...
terça-feira, 17 de dezembro de 2019
SOLANGE, A ARTE DA SEDUÇÃO!
Aquando do lançamento do excelente álbum "When I Get Home" de Solange Knowles em Março passado circulou em exclusivo por pequenos teatros ou museus de arte contemporânea a projecção de um filme com o mesmo nome dirigido pela própria artista com a contribuição de um punhado de outros realizadores.
Surge agora disponível via youtube uma versão um pouco mais longa dessa sequência visual das canções com a inclusão de cenas inéditas e uma nova roupagem groove do tema "Dreams" incluída no disco. O documento sub-titulado como de "Director's Cut" tem inspiração confessada num tal "Holy Spirit" que a atormenta desde a infância e do seu suposto poder transformador e libertador, uma estética conceptual e visual atraente e sedutora que emparelha na perfeição com as nossas memórias do espectáculo marcante que passou pelo Parque da Cidade em Junho.
FAZ HOJE (15) ANOS #19
JOSH ROUSE, Edifício da Alfândega, Porto, 17 de Dezembro de 2004
. Jornal de Notícias, por Gil Diniz, fotografia de José Mota, 19 de Dezembro de 2004, p. 45
sexta-feira, 13 de dezembro de 2019
EXIT NORTH NA CASA DA MÚSICA!
É a maior notícia de 2019 sobre 2020: os Exit North de Thomas Feiner e Steve Jansen tocam na Casa da Música a 27 de Setembro do próximo ano, cumprindo um desígnio suspirado há anos... Eia, eia!
quinta-feira, 12 de dezembro de 2019
LOBO #18
No âmbito dos duzentos números do extinto "DN mais", o suplemento amarelo do jornal "Diário de Notícias", pediram ao mestre António Sérgio para escolher "dez discos (entre centenas) impassíveis no descanso da minha memória! Os leitores do DN mais certamente compreenderão a «estreiteza» da escolha a que sou obrigado, só para (também) colaborar em mais esta 'malandrice estival' do suplemento amarelo".
Estávamos em 2002 e a 7 de Setembro foram estas as tais dez escolhas do timoneiro da 'Hora do Lobo' e, como sempre, com bons argumentos como o dele/nosso preferido "Five Leaves Left" de Nick Drake e um letal "gravou a música que os anjos lhe cantaram". Começa assim...
quarta-feira, 11 de dezembro de 2019
BILL FAY, REGRESSA O ENCANDEAMENTO!
Uma trilogia de álbuns do eterno Bill Fay na editora Dead Ocenas terá no primeiro mês do ano uma suspirada conclusão - "Countless Branches" tem produção de Joshua Henry, admirador e impulsionador do seu regresso em 2012 e nele se notam um pouco mais os acordes da guitarra acústica do amigo Matt Deighton ao lado do piano, instrumento compositor e fundador de canções aclamadas e devidamente veneradas aqui pela casa. Não há notícias, como sempre, de apresentações ao vivo ou digressões mas basta a audição destas duas novas peças abaixo para que um maravilhoso encandeamento se reinicie...
DISTANCE, LIGHT & SKY A CURTA DISTÂNCIA!
O projecto Distance, Light & Sky que junta Chantal Acda e Eric Thielemans a Chris Eckman dos Walkabouts iniciado em 2014 terá estreia ao vivo portuguesa já em Janeiro com, pelo menos, um concerto no Theatro Circo de Braga no dia 10, sexta-feira. Na bagagem há dois álbuns plenos de melancolia aquecedora para fazer subir a temperatura...
terça-feira, 10 de dezembro de 2019
SYD BARRETT, UM POLVO INATINGÍVEL!
O programa do canal Arte tem já três anos mas só agora o descobrimos pois voltou a estar disponível para visualização - o mito de Syd Barret de que tanto gostamos vertido num raro single de vinil do tema "Octopus", a sua história e vicissitude de saborosa atracção para quem colecciona ou junta, como nós, discos e que termina num leilão oficial da Discoteca da Radio Francesa... para ver até ao fim!
segunda-feira, 9 de dezembro de 2019
DANIEL KNOX, QUE A FORÇA ESTEJA CONNOSCO!
O fascínio pelo cinema que Daniel Knox não consegue nunca disfarçar tem nesta época de aparente paz e amor mais uma boa surpresa - a saída de um novo single que mais não é que uma versão do tema "Life Day Song" que Carrie Fisher aka Princesa Leia canta no final de um programa de 1978 intitulado "The Star Wars Holiday Special". Com ele celebra-se o Life Day, um feriado especial que Chewbacca deseja alcançar no seu planeta Kashyyyk mas que, no fundo, é só mesmo um duplo suspiro pelo bem em vez do mal e por um tal de Han Solo...
O novo álbum "I Had A Wonderful Time" está quase aí. Que a força esteja connosco!
MUSONAUTAS, VISÕES & AVARIAS: O LIVRO!
A excelente exposição "Musonautas, Visões & Avarias - 1960-2010 - 5 décadas de inquietação musical" que ocupou de Setembro a Novembro do ano passado a Galeria Municipal do Porto terá o merecido e prometido catálogo/livro a ser lançado no próximo sábado, dia 14 de Dezembro, no Teatro Rivoli (18h00, mediante levantamento de bilhete obrigatório e gratuito).
Tal como aconteceu aquando do encerramento (apresentação ao vivo do colectivo F.R.I.C.S.), haverá concerto único e inédito de uns tais Volúpia Mundana e de Ana Deus, João Loureiro e Rui Fernandes a reinterpretarem temas dos (seus) BAN. Avarias portuenses, portanto, das boas!
KHRUANGBIN E LEON BRIDGES A APANHAR SOL!
A colaboração há meses que era conhecida e tinha até uma recente actuação ao vivo para o comprovar mas agora é oficial - os Khruangbin e Leon Bridges gravaram um EP juntos a sair na Dead Oceans no início de Fevereiro de 2020. O tema título é, por isso, um dois-em-um notável onde as guitarras psico jogam com a potente voz soul, uma canção soalheira no coração ou não fosse Bridges de Fort Worth e os Kruangbin centrados em Burton onde gravam num pequeno celeiro, tudo no Texas americano, estado cujo nome indígena Tejas quer dizer amigos. Nem mais!
sábado, 7 de dezembro de 2019
LAURE BRIARD, Maus Hábitos, Porto, 5 de Dezembro de 2019
A jovem francesa Laure Briard marcou dez datas pelo país para dar a conhecer um pouco melhor as suas canções depois de uma primeira investida em 2018 ao lado de Michelle Blades. Há hora marcada a sala portuense estava, no entanto, deserta e nas redondezas não se notava sequer qualquer sinal de agitação ou movimento apesar da bilheteira estar aberta e as luzes acesas. O que fazer?
À boa maneira tuga, prolongou-se a espera mais quarenta e cinco minutos na expectativa que alguém aparecesse por milagre de nossa senhora mas certo é que o prodígio haveria de gerar somente uma quinzena de corajosos reunidos na frente do palco para que o trio pudesse finalmente actuar. O que esperar?
Apesar de tudo, uma boa dose de avant-pop bem feita onde a influência dos Stereolab ou mesmo dos Belle & Sebastian se fez facilmente notar a que se juntou uma sedução pela bossa nova e o tropicalismo em forma de canção a venerar Jorge Ben Jor ("Jorge") ou no encosto psicadélico aos amigos Boogarins ("Coração Louco" ou "Cravado"). O soletrar trôpego das letras em português claro que acrescentou algum exotismo sorridente mas Briard não se importou ou desculpou com minudências alternando outras cantigas em francês ou inglês para o que foi empunhando com afinco as baquetas de dois tambores, a pandeireta ou uma maraca a jogarem na perfeição com o teclado e a virtuosa guitarra. Pena que tamanho repasto musical só tenha sido saboreado por tão reduzida plateia. O que dizer?
Talvez algo muito francês à Jacques de La Palice: "Se não há concertos é porque sim, se há concertos é porque não"... ou o contrário!
À boa maneira tuga, prolongou-se a espera mais quarenta e cinco minutos na expectativa que alguém aparecesse por milagre de nossa senhora mas certo é que o prodígio haveria de gerar somente uma quinzena de corajosos reunidos na frente do palco para que o trio pudesse finalmente actuar. O que esperar?
Apesar de tudo, uma boa dose de avant-pop bem feita onde a influência dos Stereolab ou mesmo dos Belle & Sebastian se fez facilmente notar a que se juntou uma sedução pela bossa nova e o tropicalismo em forma de canção a venerar Jorge Ben Jor ("Jorge") ou no encosto psicadélico aos amigos Boogarins ("Coração Louco" ou "Cravado"). O soletrar trôpego das letras em português claro que acrescentou algum exotismo sorridente mas Briard não se importou ou desculpou com minudências alternando outras cantigas em francês ou inglês para o que foi empunhando com afinco as baquetas de dois tambores, a pandeireta ou uma maraca a jogarem na perfeição com o teclado e a virtuosa guitarra. Pena que tamanho repasto musical só tenha sido saboreado por tão reduzida plateia. O que dizer?
Talvez algo muito francês à Jacques de La Palice: "Se não há concertos é porque sim, se há concertos é porque não"... ou o contrário!
JOAN SHELLEY, UMA RARIDADE!
A lindíssima Joan Shelley editou um dos melhores discos folk do ano, mais um, de nome "Like the River Loves the Sea". Sobressai nele um conjunto de colaborações instrumentais que dificilmente têm oportunidade de se duplicar e testar ao vivo onde Shelley quase sempre tem a companhia de um ou dois/duas cúmplices tal como aconteceu milagrosamente em Gaia em Setembro de 2018.
Mas na sessão gravada o mês passado para o programa de rádio "World Café" da WXPN/NPR pertencente à Universidade de Pensilvânia em Filadélfia aconteceu algo de raro - uma verdadeira e constelada banda rodeou a apresentação de dois temas do referido álbum com destaque para Anna Krippenstapel no violino, Nathan Salsburg na guitarra, Jake Xerxes Fussell no baixo e Nathan Bowles na bateria. Único!
A propósito, Shelley regressará à Europa em Maio ao lado, lá está, de Nathan Salsburg para um digressão de dez datas pelo Reino Unido, Bélgica e Holanda.
Mas na sessão gravada o mês passado para o programa de rádio "World Café" da WXPN/NPR pertencente à Universidade de Pensilvânia em Filadélfia aconteceu algo de raro - uma verdadeira e constelada banda rodeou a apresentação de dois temas do referido álbum com destaque para Anna Krippenstapel no violino, Nathan Salsburg na guitarra, Jake Xerxes Fussell no baixo e Nathan Bowles na bateria. Único!
A propósito, Shelley regressará à Europa em Maio ao lado, lá está, de Nathan Salsburg para um digressão de dez datas pelo Reino Unido, Bélgica e Holanda.
sexta-feira, 6 de dezembro de 2019
JACK WHITE, FALTAVA UMA REVISTA!
De Jack White podemos esperar quase tudo e sempre de forma surpreendente. Em 2001, quando o vinil definhava, comprou uma fábrica de prensagem de discos, quando as editoras se agrupavam apressadamente, fundou a sua Third Man Records em Nashville e agora, quando as revistas de música em papel parecem condenadas, lança a Maggot Brain, publicação trimestral cujo número um saiu esta semana!
O título foi retirado do terceiro disco dos Funkadelic com o mesmo nome gravado em Detroit em 1970 e 1971 e considerado uma obra prima do chamado funk-rock e apresenta-se com mais de cem páginas e uma linha editorial erudita cujo timoneiro é Mike McGonigal, jornalista de experiência rodada em publicações como a Spin, a Pitchfork ou em plataformas como a Amazon Music. Há, por isso, muito por onde escolher, de artigos sobre o malogrado Daniel Johnston ou o primeiro single das Raincoats (!) e nela colaboram músicos, ilustradores e fotógrafos de nomeada.
A primazia da capa recaiu em Alice Coltrane, harpista única da história jazz ao lado do marido e saxofonista John Coltrane e cujo destaque irá certamente acelerar a sua redescoberta, uma arqueologia sonora a cuja especialidade o próprio White nos foi habituando. De mestre!
quinta-feira, 5 de dezembro de 2019
FAZ HOJE (16) ANOS #18
SIGUE SIGUE SPUTNIK + URSULA RUCKER + PEACHES, Festival Blue Spot, Teatro Sá da Bandeira, Porto, 5 e 6 de Dezembro de 2003
. Diário de Notícias, por Ricardo Fonseca, fotografia de Amin Chaar, 7 de Dezembro de 2003, p. 41
. Público, por Luís Octávio Costa, fotografia de Paulo Pimenta, 10 de Dezembro de 2003, p. 50
. Público, por Inês Nadais, 8 de Dezembro de 2003, p. 37
. Público, por Inês Nadais, 8 de Dezembro de 2003, p. 37
TIM BERNARDES NUMA SALA DE ESTAR!
Uma nova plataforma de carinho pela música chamada Pinehouse Concerts teve a sua estreia esta semana com o registo de quatro temas de Tim Bernardes na intimidade de uma sala de estar ao lado de um trio de cordas. Sem divulgação assumida da sua localização (Lisboa?), a casa ou o local aparenta ou disfarça um cenário de idade e ambiente que acerta em cheio nas canções mesmo que o som não seja ainda o perfeito e o registo em câmara estática se afigure monótono.
É propositado?
Já agora, o mano mais novo Chico Bernardes apresenta-se em Portugal entre 30 de Janeiro e 9 de Fevereiro próximos em dez cidades diferentes (Porto, Maus Hábitos, 6 de Fevereiro) para dar conta das canções do álbum homónimo publicado em Junho passado. Uma irmandade!
É propositado?
Já agora, o mano mais novo Chico Bernardes apresenta-se em Portugal entre 30 de Janeiro e 9 de Fevereiro próximos em dez cidades diferentes (Porto, Maus Hábitos, 6 de Fevereiro) para dar conta das canções do álbum homónimo publicado em Junho passado. Uma irmandade!
TOM WAITS POR MATT MAHURIN!
A colaboração entre Tom Waits e o reputado e polivalente artista Matt Mahurin começou há mais de trinta anos quando lhe foi solicitada uma ilustração/retrato para a capa de um antologia de canções. Desde aí, ao relacionamento profissional foi-se sobrepondo uma amizade profícua cimentada em inúmeras sessões fotográficas em estúdios, registos de actuações ao vivo ou direcção de videos (vide abaixo) para temas seleccionados.
Para que tamanho património e herança seja merecidamente do domínio público, está agora disponível um livro recheado de fotografias, ilustrações, imagens digitais e até pinturas originais que Mahurin concebeu do amigo Waits a quem foi pedido uma pequeno prefácio que antecipa um ensaio do próprio autor sobre esta longínqua parceria. Há (havia?) uma versão limitada de 250 exemplares para os chamados coleccionadores devidamente preparada e embrulhada onde se esconde uma impressão da capa do disco "Mule Variations" com a assinatura e o número firmados pelo próprio artista.
Atendendo a que um anterior livro de fotografias de Anton Corbjin desapareceu num ápice das prateleiras, se quiserem oferecer a vós próprios ou a alguém muito especial esta peça de antologia é melhor decidir com rapidez. Nós, zás, já o fizemos.
quarta-feira, 4 de dezembro de 2019
JAMES BLACKSHAW, PARA QUÊ FICAR PARADO?
Uma interrogação em forma de um belíssimo instrumental marca o regresso de James Blackshaw à música e ao prazer de a tocar depois de um retiro de quase três anos. A dificuldade em viver simplesmente da arte levou o guitarrista a parar de compor e actuar, um sacrilégio atendendo à qualidade extrema dos álbuns como o último "Summoning Suns" de 2015 ou de concertos ao vivo como o do Passos Manuel em 2014.
A renovada energia e motivação tem em "Why Keep Still?", editado na série de singles da plataforma Adult Swim, uma prova inequívoca de qualidade e talento. Queremos mais!
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