A rua escolhida, a Rua Formosa, foi sempre conhecida pela concentração de lojas de instrumentos, tradição que se mantinha até antes da explosão turística e choque imobiliário. Segundo artigo do jornal Público, em Setembro de 2017 na "rua dos instrumentos musicais" só duas se mantinham abertas entre as cinco que chegaram a concorrer e onde certamente se incluía a Casa Gouveia Machado mesmo sem sabermos em que ano encerrou a actividade. Atendendo à data constante do envelope impresso na Tipografia Formosa, em Dezembro de 1975 a oferta de produtos era de uma abrangência exemplar, chegando a incluir os livros de solfejo, músicas e métodos para além de uma variedade de instrumentos, muitos provenientes de fábrica própria instalada em Via Nova de Gaia, hoje, naturalmente, um armazém de vinhos do Porto. O nº 63 da Rua Formosa é agora um centro de yoga que ocupa, aparentemente, a totalidade de uma área comercial considerável.
Ah, no interior do referido envelope calhou-nos uma xaropada de ópera moderna do Gianni Morandi de 1973 mas na sua prensagem RCA italiana, provando que o negócio se estendia ainda à importação de discos...
Sem comentários:
Enviar um comentário