quinta-feira, 25 de novembro de 2021

PVC - PORTO VINIL CIRCUITO #29





















Sobre a Casa Gouveia Machado, com sede em Lisboa e fundada em 1914, já outros blogs foram dando conta da sua importância em plenos anos 60 no fornecimento de instrumentos, nomeadamente, as desejadas guitarras eléctricas fundamentais para se formar uma banda, melhor, um conjunto. Seria lógico que no mesmo espaço comercial coexistissem aparelhagens e acessórios como amplificadores, gira-discos, rádios e discos de vinil. Contudo, a sua fama residia na diversidade de instrumentos disponíveis para aquisição em modo de prestações e que podia variar de um piano a um simples saxofone ou trompete que decoram o envelope reproduzido acima e que diz respeito à filial instalada no Porto.

A rua escolhida, a Rua Formosa, foi sempre conhecida pela concentração de lojas de instrumentos, tradição que se mantinha até antes da explosão turística e choque imobiliário. Segundo artigo do jornal Público, em Setembro de 2017 na "rua dos instrumentos musicais" só duas se mantinham abertas entre as cinco que chegaram a concorrer e onde certamente se incluía a Casa Gouveia Machado mesmo sem sabermos em que ano encerrou a actividade. Atendendo à data constante do envelope impresso na Tipografia Formosa, em Dezembro de 1975 a oferta de produtos era de uma abrangência exemplar, chegando a incluir os livros de solfejo, músicas e métodos para além de uma variedade de instrumentos, muitos provenientes de fábrica própria instalada em Via Nova de Gaia, hoje, naturalmente, um armazém de vinhos do Porto. O nº 63 da Rua Formosa é agora um centro de yoga que ocupa, aparentemente, a totalidade de uma área comercial considerável. 

Ah, no interior do referido envelope calhou-nos uma xaropada de ópera moderna do Gianni Morandi de 1973 mas na sua prensagem RCA italiana, provando que o negócio se estendia ainda à importação de discos...   
   























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