TALIHINA SKY: THE STORY OF KINGS OF LEON
de Stephen C. Mitchell e Casey McGrath
EU: RCA/Sony Music, DVD, 2011
Os Kings Of Leon são uma das últimas bandas rock que
nos fazem vibrar. Desde o primeiro disco, já lá vão dez anos, não resistimos à
sua contagiante energia traduzida em canções de pura raça. Não foi fácil, contudo,
que o sucesso ganhasse expressão planetária e, apesar de uma excelente recepção
por Inglaterra, os KOL tiveram que, entre polémicas diversas, esgravatar
afincadamente até que o reconhecimento lhes batesse definitivamente à porta. Basta
estar atento ao caso português para perceber esse trajecto, com uma presença quase incógnita no RockInRio de 2004 e um posterior apagamento até que o hit “Sex On Fire” se encarregou de os encarreirar nas playlists das rádios e nas
páginas de mexericos das revistas…
Neste excelente filme acabamos por perceber as razões da sua atribulada história, uma inacreditável realidade de raízes familiares com base em Talihina, pequena localidade de Oklahoma onde tudo começou e se desenvolveu com base nos Followill, clã de tradição religiosa integrada no movimento pentecostalista. Amordaçados a muitas das restrições impostas, os irmãos e primos Followill viram na tradição e gosto pela música que atravessava os seus progenitores e antepassados a janela para a libertação. Tamanha mudança teve, claro, consequências rápidas para o bem e para o mal e o documentário consegue fazer-nos perceber, sem desvios desnecessários, a intensa e decisiva influência de tamanhas vivências umbilicais – por exemplo, o divórcio dos pais, a perca de fé - na construção das canções, nas massacrantes digressões e consequentes tensões profissionais. A profusão de testemunhos, imagens e filmes antigos da família, principalmente recolhidas na reunião anual na casa mãe e suas redondezas, funcionam como argumento quase ficcional de uma narrativa caótica e sufocante ao estilo sex, drugs and rock & roll desde os primeiros concertos às grandes arenas e festivais. Os KOL estarão logo pela segunda vez por terras lusas, reinando na última noite do Optimus Alive e, apesar de não estarmos presentes, este é sem dúvida uma excelente alternativa de sofá de visionamento obrigatório para quem, como nós, súbditos, tem ainda pela banda um enorme respeito que queremos ver confirmado, sem muitas esperanças, no próximo álbum de originais que se aproxima.
Neste excelente filme acabamos por perceber as razões da sua atribulada história, uma inacreditável realidade de raízes familiares com base em Talihina, pequena localidade de Oklahoma onde tudo começou e se desenvolveu com base nos Followill, clã de tradição religiosa integrada no movimento pentecostalista. Amordaçados a muitas das restrições impostas, os irmãos e primos Followill viram na tradição e gosto pela música que atravessava os seus progenitores e antepassados a janela para a libertação. Tamanha mudança teve, claro, consequências rápidas para o bem e para o mal e o documentário consegue fazer-nos perceber, sem desvios desnecessários, a intensa e decisiva influência de tamanhas vivências umbilicais – por exemplo, o divórcio dos pais, a perca de fé - na construção das canções, nas massacrantes digressões e consequentes tensões profissionais. A profusão de testemunhos, imagens e filmes antigos da família, principalmente recolhidas na reunião anual na casa mãe e suas redondezas, funcionam como argumento quase ficcional de uma narrativa caótica e sufocante ao estilo sex, drugs and rock & roll desde os primeiros concertos às grandes arenas e festivais. Os KOL estarão logo pela segunda vez por terras lusas, reinando na última noite do Optimus Alive e, apesar de não estarmos presentes, este é sem dúvida uma excelente alternativa de sofá de visionamento obrigatório para quem, como nós, súbditos, tem ainda pela banda um enorme respeito que queremos ver confirmado, sem muitas esperanças, no próximo álbum de originais que se aproxima.
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