A incontornável festa de Serralves conta já quinze anos, aproxima-se a maioridade, mas há muito que o evento "saiu de casa" sem consentimento. No que à música diz respeito, a aposta na subversão, no desconhecido e no inconvencional têm rendido momentos únicos e surpreendentes, o que logo nesta primeira noite aconteceu de novo com os nórdicos Fire!. Se é ou não jazz ou não, se é ou não rock, se é ou não noise, são etiquetas que não vale a pena procurar ou gastar cola, certamente uma preocupação que para o mentor Mats Gustafsson se torna irrelevante sempre que sopra, distorce ou abafa o seu saxofone barítono por cima ou por baixo do sons do baixo e da bateria num jogo sonoro experimental difícil de resistir. Isso mesmo, irresistível!
Diferente balanço para os ingleses 23 Skidoo já em plena hora de ponta da festa no Prado. Com quase quarenta anos de percurso entre muitos altos, baixos e baixas, o concerto passeou ao de leve como uma banda sonora para começar a ir buscar cerveja, tirar a rolha às primeiras garrafas de vinho trazidas de casa ou procurar outros quaisquer estimulantes... Mesmo assim, entretido!
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