Sozinha e simpática, Lattimore tratou de atrair a atenção num jogo único de acordes e repetições de peças curtas em que a harpa triangular se junta a um aparelho de loops, receita encantadora e surpreendente que algumas histórias sobre locais de férias ou viagens de astronautas ajudaram a fantasiar de forma ternurenta. Dos cinquenta minutos da perfomance retiramos estes três minutos que, embora estranhamente tremidos, talvez ajudem a prolongar o feitiço e a confirmar a gratidão!
segunda-feira, 30 de maio de 2022
MARY LATTIMORE, Theatro Circo, Braga, 28 de Maio de 2022
A presença de Mary Lattimore no pequeno auditório do Theatro Circo no fim de tarde calorento de sábado parecia ser um evento de apelo reduzido. Em boa hora, muitos contrariaram a previsão e preencheram de forma considerável o espaço subterrâneo onde o jogo de luz e a amplificação instrumental se mostraram perfeitos.
sexta-feira, 27 de maio de 2022
BLACK MIDI, LIGADOS À CORRENTE!
Ao vivo, nos últimos tempos, outras canções novas têm sido escolhidas em alternância a muitas do disco anterior "Cavalcade", embora "Marlene Dietrich", esse momento mágico, tenha sido aparentemente esquecido. O mesmo acontece ao surpreendente trio de versões publicadas em Março passado sob o título de "Cavalcovers" e onde se brinca, a pedido dos fãs, com "Love Story" de Taylor Swift, "21st Century Schizoid Man" de King Crimson e "Moonlight on Vermont" dos Captain Beefheart! Seja como for, intensidade não vai faltar e pode ser até que o Steve Albini (Shellac) ajude a aumentar a corrente eléctrica... infernal!
quinta-feira, 26 de maio de 2022
ANGEL OLSEN AUDIOVISUAL!
A artista tem concertos marcados no final de Setembro em Lisboa, iniciando desta forma uma atractiva digressão europeia que terá, em todas as datas, uma primeira parte a cargo de Sarah Tomberlin. Em cheio!
terça-feira, 24 de maio de 2022
(RE)VISTO #97
RESPECT
de Liesl Tommy. E.U.A.; Metro-Goldwyn-Mayer, 2021
TVCine Top, Portugal, 20 de Maio de 2022
A simples hipótese de ser realizado um filme sobre a vida de Aretha Franklin levantou imediatos receios e fantasmas a que a indústria cinematográfica parece sempre imune e distante desde que o negócio se multiplique em lucro. A ascensão como cantora e compositora, desde quando, em criança, cantava no coro da igreja onde o pai era pastor até ao difícil e demorado êxito de reconhecimento internacional, não foi uma caminho sem barreiras e problemas, muitos deles perfeitamente inalterados e actuais na sociedade americana, onde o racismo, a violência doméstica ou a independência artística são ainda espinhos crescentes e venenosos.
Partíamos, assim, para este biopic sem grandes expectativas a que um adiamento na estreia foi somando mais desconfiança mas que, afinal, não fazia sentido. Talvez pelo desempenho de Jennifer Hudson no papel principal, pelas notáveis reconstituições de ambientes e guarda roupa ou pelo transcendente engenho na reprodução das canções e dos momentos de gravação e estúdio, a película ganha uma entretida e eficaz faceta de musical cuidado e exigente que, mesmo assim, não se sobrepõe à penumbra dolorosa de uma vida que uma precoce morte da mãe acelerou em descontrolo, abuso sexual e traumáticos relacionamentos amorosos. Nada se esconde, nem o alcoolismo perfurante da confiança e de um profissionalismo que a indústria, já nessa altura, assumia como natural mas, que no caso, ganhou velocidade perigosa de desintegração artística e pessoal. A música, como vaticinado desde a juventude de Aretha, seria a tábua de salvação...
E que tal um álbum de gospel para dispersar as nuvens negras, serenar conflictos familiares e retomar trilhos antigos purificadores? A jogada, arriscada e por muitos incompreensível, haveria de resultar numa vitória inesperada e retumbante registada ao vivo em plena igreja perante velhos amigos e admiradores, momentos que o filme "Amazing Grace", finalmente disponibilizado em 2019, documentou de forma sublime. É dessa felicidade contida mas estimulante que o filme se serve para encerrar da melhor forma um enredo biográfico aparentemente abreviado mas suficiente para confirmar a sua merecida coroação como Rainha da Soul, a única. Respeito!
FAZ HOJE (20) ANOS #76
. Jornal Forum Estudante, por Marco Guerra, fotografias de Gonçalo Gil, 11 de Junho de 2022, p. 14
segunda-feira, 23 de maio de 2022
BOWIE IMERSIVO!
Depois de dois anos de interrupção, a passadeira vermelha da 75ª edição do Festival de Cannes foi, finalmente, desenrolada no passado dia 18 de Maio, evento que terá a atribuição final de prémios em regime presencial no próximo sábado, dia 28. Extra competição, mas a despertar muita atenção na noite de hoje, encontra-se a estreia do documentário "Moonage Daydream" realizado por Brett Morgen, autor do decepcionante "Cobain - Montage of Heck", e apresentado como uma odisseia cinematográfica sobre a figura e génio de David Bowie. O título é, obviamente, uma evocação da canção com o mesmo nome incluída no álbum "The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars" de 1972.
O filme recebeu a aprovação da família do artista que autorizou o visionamento e selecção de imagens inéditas contidas em milhares de horas de arquivo captadas em inúmeros concertos e apresentações ao vivo, uma tarefa árdua mas concretizada ao fim de cinco anos de produção. No final do ano está programada a apresentação pública do documento em cinemas IMAX, seguindo-se a estreia em televisão pela HBO Max em 2023.
LAURA VEIRS, ENCONTRÃO DE LUZ!
O seu décimo segundo álbum é, por isso, como se fosse o primeiro no assumir da total independência artística, partilhando a produção com Shahzad Ismaily e lançando o disco na Raven Marching Band Records, casa própria que em Julho vai editar "Found Light", título nada inocente sobre um período pós-divórcio mais iluminado que nem a pandemia escureceu. Haverá sempre uma luz que nunca se apaga...
sexta-feira, 20 de maio de 2022
SHE & HIM, FÉRIAS ANTECIPADAS!
Sem tiques rebuscados de conceptualismo, as canções escolhidas não assentam na sua popularidade ou importância mas na frescura que aportam ao dia a dia terreno desde que o sol e o mar se confundam com felicidade e prazer, uma reinvenção que o próprio Wilson aprovou de imediato e reconheceu como excepcional. Do disco, em variados conjuntos, destaca-se uma rodela cor de limão de invejável beleza. Aqui fica "Darlin’" escrita por Brian Wilson e Michael Love em 1967 para o álbum "Wild Honey". Nunca mais chegam as férias...
quinta-feira, 19 de maio de 2022
EMMA RUTH RUNDLE, UMA ADIVINHAÇÃO!
É já amanhã, sexta-feira, que acontece a inauguração de uma exposição surpresa de Emma Ruth Rundle numa galeria de Los Angeles que apresentará instalações, esculturas e sonoridades inéditas inspiradas em experiências, ditas, místicas vividas numa viagem ao País de Gales e na restante prática mitológica do Reino Unido. Para além das peças artísticas, o conceito deu origem a um álbum e um livro de nome "EG2: Dowsing Voice", estando este último já em segunda edição depois de esgotado na Sargent House.
Recorda-se que Rundle tem dose tripla de concertos agendados para Portugal em Julho onde a violoncelista inglesa Jo Quail assegurará a primeira parte dos espectáculos. Adivinha-se encantamento...
quarta-feira, 18 de maio de 2022
ANNA CALVI, UMA OBSESSÃO!
Ainda não fomos contaminados pela série, ao que parece, sublime chamada "Peaky Blinders" mas apreciamos o habitual bom gosto da banda sonora e das colaborações musicais de eleição. Exemplos como o de Richard Hawley ou de Laura Marling têm agora sequência com Anna Calvi e um EP de quatro temas especialmente registado para a sexta dose do seriado da BBC com edição em vinil agendada pela Domino para Outubro.
O disco "Tommy" alinha versões de "Red Right Hand" de Nick Cave, cujo original serve de introdução aos episódios e "All The Tired Horses" de Bob Dylan e ainda dois originais, "Burning Down" e "Ain’t No Grave", tema já estreado durante a temporada anterior. A artista confessou alguma obsessão pela atormentada personagem Tommy Shelby, fonte de inspiração para a composição realizada aquando do término da gravidez do seu primeiro filho em Novembro do ano passado e traduzida, nas suas palavras, na seguinte sentença - My guitar is his violence and my voice is his hope!
FAZ HOJE (17) ANOS #75
. Público, por João Bonifácio, 21 de Maio de 2005, p. 46
terça-feira, 17 de maio de 2022
segunda-feira, 16 de maio de 2022
THE NATVRAL, Mercado 48, Porto, 7 de Maio de 2022
Poooooooorto! O clamor repetido a partir da rua em sucessiva frequência e de vibração aguçada por buzinas frenéticas pareciam ser uma ameaça séria ao showcase de última hora de Kip Berman aka The Natvural na mais bonita loja da baixa. A alternativa ao concerto há muito marcado na cidade mas cancelado sem grandes explicações parecia, assim, sujeito a uma pressão inesperada mas Berman arriscou participar no jogo sem receios, prescindindo, desde logo, de qualquer amplificação da voz e da guitarra previamente instaladas. O resultado final foi uma vitória clara resultante de muita entrega, simpatia e solidez das canções.
A táctica usada, mesmo que aplicada num recinto sem palco e plateia rígida, pôs em prática um permeio alastrado de originais, de versões (Billy Bragg ou Cohen), de canções novas e recordações dos tempos dos The Pains Of Being Pure of Heart, banda que capitaneou ao longo de uma dúzia de anos e que lhe marcou um estilo onde Young e Dylan se continuam a intrometer sem disfarce. Um espelho dessa herança chama-se "Alone in London", tema que termina o disco de estreia do projecto The Natvural e que serviu, também ali, para culminar um apreciável desempenho. À campeão...
quarta-feira, 11 de maio de 2022
CIRCUIT DES YEUX, CONTORNO OBRIGATÓRIO!
Para que não restem dúvidas quanto ao inusitado grau de estranheza bela da sua música, há agora um EP de quatro temas do referido álbum em modo ao vivo no Jamdek de Chicago ao lado dos músicos Whitney Johnson (Matchess), Andrew Scott Young e Ashley Guerrero que, previsivelmente, serão novamente os parceiros de palco lá para o Outono. Juntem-lhe uma nova canção já por aqui destacada em Fevereiro e o apelo e comparência afiguram-se de contorno obrigatório.
terça-feira, 10 de maio de 2022
sábado, 7 de maio de 2022
FAZ HOJE (17) ANOS #74
. Jornal de Notícias, por Cláudia Luís e Cristiano Pereira, fotografias de Pedro Correia, 8 de Maio de 2005, p. 42/43
. O Comércio do Porto, por Anastácio Neto, fotos de Luís Costa Carvalho, 8 de Maio de 2005, p. 44
sexta-feira, 6 de maio de 2022
THE NATVRAL: SIM, HÁ CONCERTO!
Feitas as diligências, acertadas as condições e movidas as vontades, confirma-se a apresentação gratuita no espaço do Mercado 48 da Rua da Conceição com início marcado para as 21h00 do dia de amanhã. Eia! Passem a palavra, naturalmente.
JONATHAN JEREMIAH, VITAMINA J!
Agora que o calor primaveril começa a sentir-se, a receita afigura-se imprescindível para que a distância menor entre o sol e a terra tenha banda sonora hidratante e vitamínica, ajuda vital para o equilíbrio diário a que nos habituamos a recorrer com frequência. There's always the sun...
quinta-feira, 5 de maio de 2022
(RE)LIDO #106
de Octávio Fonseca. Braga: Tradisom, 1ª edição, 2021
A vida artística de José Afonso já mereceu múltiplas iniciativas editoriais, de teses académicas a estudos de caso, fotobiografias ou recopilações de entrevistas. O mérito de todas elas, mesmo de teor variável, emerge de um denominador comum que tem nas suas canções o emissor principal de peripécias, cumplicidades, vitórias e desalentos de uma vida atribulada mas de plenitude incontestável.
Mesmo sem uma biografia oficial disponível, lacuna que seria do agrado do próprio e humilde artista, o que Octávio Fonseca empreendeu afigura-se essencial quer do ponto de vista documental quer na reposição justa de um panorama mais abrangente da importância das suas canções, influências ou intervenção sócio-politica. As Cantigas do Zeca, não retirando todo o seu peso na luta contra a ditadura e aspiração de liberdade, ganham aqui uma dimensão enciclopédica e artística onde o cantor e compositor é também um poeta mas, principalmente, um músico universal pronto a inovar e a partilhar criatividade sem esforço.
Para lá das polémicas e opiniões, disco a disco e desde os primeiros com as chamadas baladas de Coimbra até aos últimos já condicionado pela doença, o livro aventura-se numa cronologia rigorosa onde se denota uma notável e substancial pesquisa bibliográfica, ela própria comentada, buscas em acervos inéditos e insistências na recolha de testemunhos coevos que servem para uma evidente e profunda submersão no universo multifacetado de um artista difícil na análise, polémico na síntese mas crucial na conclusão quanto à sua importância na história da música portuguesa.
O parceiro essencial da guitarra Rui Pato, convidado a fazer o prefácio, refere que "talvez esteja aqui um José Afonso completo" o que, não muito longe da verdade, preferimos assumir como incorrecto na suposição que o fascínio pelas canções do Zeca continue a motivar e a despertar outras descobertas, histórias ou novidades. A necessidade de uma segunda edição revista e melhorada do livro é a prova que a vontade de música que se personifica em José Afonso continua a atrair reconhecimento e interesse. Sempre no mês do trigo se cantará...
ANDRÉ CARRILHO, ARTE PARA OS GORILLAZ!
A convite dos Gorillaz e do seu ilustrador oficial Jamie Hewlett, Carrilho é um dos mais de quarenta artistas eleitos para redesenhar as personagens 2D, Murdoc Niccals, Noodle e Russel Hobbs criadas por Hewlett e que nos habituamos a ver em inúmeros videos e projecções. Todas as reinterpretações estão reunidas no fabuloso "The Gorillaz Art Book", impressas em papel luxuoso ao longo de quase trezentas páginas e acondicionadas numa caixa exclusiva já em pré-venda por cerca de oitenta euros.
O livro é uma felizarda ideia que pretende comemorar os mais de vinte anos do projecto virtual lançado por Damon Albarn e Jamie Hewlett em 1998. Os Gorillaz estarão no Porto a 11 de Junho, último dia do festival Primavera Sound 2022.
quarta-feira, 4 de maio de 2022
MARLON WILLIAMS, UM BOM RAPAZ!
Prevê-se disco maior em breve e há digressão pela Europa com mesmo nome a começar em Outubro mas sem sinais de acerco a Portugal.
MARY LATTIMORE, FASCÍNIO NO THEATRO!
Assim, a 28 de Maio, sábado, está marcada uma sessão de fim de tarde (18h00) no pequeno auditório do Theatro Circo de Braga, que se repete no dia seguinte na Zé dos Bois lisboeta. O alinhamento previsto rondará o álbum "Silver Ladders" de 2020 mas também, eventualmente, algumas peças compiladas no recente "Collected Pieces - 2015-2020", o inédito "Moon Over Deetjen's" de Março passado ou a versão sublime de "Love Is The Tune" de Bill Fay. Um fascínio a não perder!
terça-feira, 3 de maio de 2022
VIGO ENCANTA!
Agnes Obel |
Assim, nas principais cidades da região há já uma série de espectáculos agendados dentro de um ciclo que recebeu o nome de Xacobeo Importa, iniciativa já com onze edições que para além de artistas e projectos mais populares (Texas, Steve Vai, Yann Tiersen ou Pat Metheny) alcança uma outra diversidade atractiva em Vigo a partir da primeira semana de Julho. Tomem nota:
. Rufus Wainwright, dia 2, sábado, no Teatro García Barbón;
. Fat Freddy’s Drop, dia 6, quarta, no Terraço do Auditorio Mar de Vigo;
. Agnes Obel, dia 7, quinta, no auditório do Teatro Afundacion;
. Leon Bridges, dia 10, domingo, no Auditório Mar de Vigo como previamente anunciado!
A aproximação a uma cidade nortenha da maravilhosa Agnes Obel é uma dádiva pela qual suspiramos há algum tempo, sugerindo ser esta uma oportunidade imperdível e para a qual já se vendem bilhetes em conta. Vigo encanta!
THE NATVRAL, ESTRANHAMENTE!
Ainda ontem o mesmo cartaz, o de cima, foi afixado no facebook do artista entre referências jocosas a Espanha e o completo esquecimento de que na referida península há até um outro país onde, supostamente, ficou de comparecer. Atendendo a que a agenda oficial do M.Ou.Co. ignora o evento anunciado mas não desmarcado, estamos naturalmente perante um estranho e bizarro mistério!
segunda-feira, 2 de maio de 2022
AMARO FREITAS, Auditório de Espinho, 29 de Abril de 2022
Avisamos os mais desprevenidos para a passagem de Amaro Freitas por Espinho. Reforçamos, desde já e em voz alta, o conselho infalível para que se preparem para o seu regresso marcado para 4 de Novembro próximo em São João da Madeira. E porquê? Larguem tudo e compareçam sem fazer mais perguntas porque só ao vivo e na dimensão única da partilha será possível fruir da totalidade da experiência, sejam quais forem as razões ou justificações que passamos, então, a tentar descrever sem êxito óbvio.
A prática teve nos primeiros trinta minutos um género de KO por antecipação - o trio com Freitas ao piano,
Jean Elton no contrabaixo e Hugo Medeiros na bateria aplicou à plateia uma hipnose invertida que impossibilitou qualquer relaxamento ou descontracção já que o instrumental de alta velocidade e em espiral de conivência sugeria estarmos perto de um auge que antecipa um qualquer encore final. Longe disso! Faltava ainda muito de um reportório de três álbuns publicados em cinco anos onde se testaram cruzamentos jazz de sabor afro-brasileiro mas que cedo se embeberam de uma aura clássica. Basta pôr a rodar qualquer um deles para o comprovar.
Talvez "Nascimento" seja uma dessas peças chave, que ali serviu para parafinar ainda mais ou ouvidos e respirar fundo, não muito, porque a "Encruzilhada" seguinte e, principalmente, a perfomance a solo à volta do piano não deu tempo para qualquer distracção. Foi então que Amaro como que mergulhou nele para esticar e distorcer cordas e batimentos enfeitados por uns "martelos" que, pousados, abafaram o timbre e as notas, mas que executados pareceram orixás misteriosos ao jeito do mestre Naná Vasconcelos e de uma cultura brasileira tradicional e popular que Amaro sabe, na perfeição, renovar e preservar.
Quando em "Rasif" nos pôs a entoar em coro descontraído notas e tons, a intenção de incentivar a festa e a alegria foi só a confirmação deliciosa de uma matriz tropical de naturalidade e bondade. Bastaria a leveza de "Vida Bela" com que o serão se evaporou, para que esse travo de ancestralidade mas também de inquietação não tenham fim. Por isso, não esqueçam, em Novembro há mais... Massa!
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