Jogando na boa disposição entre canções, bebericando chã em vez do wiskey de que confessou ter exagerado na véspera e nalgum nonsense divertido, esses momentos serviram de desanuviamento e relaxe para a tensão impossível de controlar sempre que a sua voz se aproximou do microfone e se alastrou pelo auditório rendido. A destreza assinalável do parceiro da guitarra, merecedora de todas as palmas que lhe foram dirigidas, sustentou da melhor forma um fascínio irresistível que as suas palavras cantadas multiplicam mesmo que delas não percebamos os significados.
Esse incontornável enigma, de que "Last Night" foi a única excepção, talvez seja a essência do misterioso encantamento que se elevou, elegíaco, a um patamar de assombramento crescente e que culminou, sem encore mas em apoteose, com "Saans Lo" e "Mohabbat". Filmados à socapa, aqui os deixamos como prova evidente de uma pré-madrugada esperada, inteira e limpa, perfumada, não de cravos, mas de rosas vermelhas!
Sem comentários:
Enviar um comentário