O alinhamento escolhido foi nivelado pela diversidade que sempre os caracterizou, uma mistura de combinações electrónicas e de um apurado revivalismo exótico saído da guitarra de Tim Gane e que teve nos quase vinte minutos de "Refractions in the Plastic Pulse" o exemplo corajoso e perfeito de um vanguardismo ainda hoje refrescante e continuamente influente, matriz agitadora que outras maravilhas como "Miss Modular" ou "Harmonium" multiplicaram no entusiasmo do público.
A camada vintage destas e das outras canções assentou numa voz de Laetitia Sadier nem sempre de acerto imaculado mas irrelevante para a eficácia e competência de um colectivo de que aprendemos a gostar pelo hipnotismo poderoso e experimental das melodias - "Super-Electric" e o incontornável "French Disko", já no encore, foram pois exemplarmente recebidas de braços e mentes abertas ao jeito de novidades fresquinhas saídas de um laboratório moderno... com mais de trinta anos. Oh, mon dieu!
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