Em "Alene i Sagen"/"Alone in the Song", publicado recentemente pela editora de Oslo Flamme Forlag em "single box", formato entre um livro e uma revista, o ensaio inédito verte sobre como a música brota quando e onde menos se espera, de como a solidão forçada pode ser uma fonte de trabalho em alta velocidade e como as letras lideram sempre todo o processo de composição. O esforço, concretizado entre digressões intensas pela Noruega parcialmente bloqueadas pela covid 19 e pelo vício da corrida (Lerche já conclui cinco maratonas), têm como epicentro e centralidade a composição, registo e envolvimentos para o excelente álbum "Avatars of Love" lançado em Abril passado, experiência artística intensificada desde o seu regresso temporário a Bergen em 2020 depois de quinze anos passados entre Los Angeles e Brooklyn nos E.U.A.
Já quarentão, um outro gosto especial por vinhos naturais e orgânicos e pela sua produção levou-o ao lançamento de PATOS, rótulo para duas colheitas experimentais (rosé e cava) destinadas ao mercado americano e que, aparentemente, escorregam sem dificuldade. Temos vitivinicultor!
Entretanto e mantendo o hábito, Lerche não acabou o ano sem gravar mais uma versão de uma canção escolhida a dedo entre as muitas de agrado recente. Ao lado do amigo Matias Tellez, a selecção foi-se estreitando a "As It Was" de Harry Styles, "Break My Soul" de Beyoncé, "About Damn Time" de Lizzo mas a escolha recaiu em "Anti-Hero", tema escrito a meias por Taylor Swift e Jack Antonoff. Gravado no Blanca Studio de Bergen, a cover está disponível desde a véspera de Natal.
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