O fenómeno, presenciado por cerca de sessenta testemunhas de todas as idades, teve no pátio murado do claustro do município barcelence um género de contenção física que não impediu que a energia emanada tenha flutuado muito acima de tudo e de todos no seu intrépido impulso de improvisação, virtuosismo e liberdade. A criação, certamente, irrepetível, navegou constante numa pulsação majestosa, próxima e de um hipnostismo imediato que teve em Jim White um íman atencional.
A subtileza, a classe, a qualidade de um baterista talvez não sejam mesuráveis, mas sempre que White tira as botas para lá colocar o jogo de baquetas e se senta por trás dela, um círculo mágico parece fechar-se único na grandeza e numa envolvência de inimitável e diferenciador carimbo. Juntar-lhe os redemoinhos e variações da guitarra de Anderson, efusão improvável mas expansiva, é só mesmo um fenómeno de inevitável poder transformado em estrondo. E que bem alto, e ao largo, ele se fez ouvir...
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