De outro calibre de refinação é a britânica Billie Marten, senhora de uma carreira já sustentada em cinco álbuns de originais de proeminente acústica. A lembrar, no louro dos cabelos e até na figura, a conterrânea Laura Marling, a coincidência aproxima-as também nos recursos sóbrios da composição e das líricas. Como não admirar "Felling" com que abriu o concerto ou "Toulouse", uma pérola de popicidade adulta e misteriosa que nos levam, sem outro remédio, a ter que começar a ouvir os seus discos como deve ser e como merecem. Excelente surpresa!
A segunda investida dos Still Corners pelo Minho em menos de um mês talvez explique a enchente de público, uma expectativa que se agarrou a uma sensação de nostalgia que a sua música evoca desde 2007. As canções, sonhadoras e viajantes, adornam-se pelo fascínio da guitarra de Greg Huges e da voz Tessa Murray, uma marca muito própria que comporta vantagens e óbvios perigos. O exagero é um deles, e essa ratoeira foi notória na noite de Sábado, onde ao "despachar" das canções se juntou uma rotina instrumental que, mesmo sem contratempos, pouco se entranhou e cresceu e que, talvez, um baixista de profundidade apurada pudesse abanar. O pecado ficou demonstrado nalguma da frieza com que a plateia lhes bateu palmas, um envolvimento sonífero que só mesmo os riffs e guitarradas a la Knopfler ou Chris Isaak causaram um leve, mas inconsequente, estremunhar...
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