A versão orquestral nunca experimentada pelo artista e, por isso, sem precedentes comparativos, demonstrou ser uma agradável e estrelar variação que só um conjunto de cordas permite engrandecer numa harmonia plural e que até se pode, primeiro, estranhar, mas que depois se embrenhou, naturalmente e saltitante, na perfeição.
A experiência sonora teve no ensemble da escola um contributo notável, certamente, motivador e compensador para os seus jovens músicos, confirmando que isto do rock ou do erudito quando se cruzam tanto nos levam, livres e bem alto, em viagens de planador ("Drunk and on a Star" ou "Five Easy Pieces") ou carrossel ("This Is A Photograph" ou "I Have Been to the Mountain").
Morby desfiou, a solo, uma outra série de clássicos ("Sundowner", "Piss River" ou "Beautiful Strangers"), mas torna-se obrigatório nomear a versão de "Texas When You Go" de John Callahan, momento já no encore de magia inesperada, quando o tema foi (bem) interrompido, perante a gargalhada geral, por género de suspiro de menino ou menina, talvez, entediado ou a acordar de um sono... Na mouche e a que Morby não resistiu na aprovação e inevitável riso!
Ainda haveria tempo, todavia, para uma nova canção ("Natural Disaster"?) e para a imbatível "Harlem River", como sempre, poderosa e, ali, rejuvenescida numa motricidade tão límpida e distinta que só foi pena não se ter alongado ainda mais uns bons e extraordinários minutos. Não se pode ter tudo, mas o que nos foi dado a ouvir e sentir já foi muito, bom e de excelência!
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