A comemorar dez anos o festival MANTA de Guimarães é já um must da rentrée musical a norte e, por isso, torna-se obrigatório marcar o ponto. Noite de sábado perfeita, calorenta e público intergeracional mas nitidamente a tentar não perder o rasto à marcante sonoridade que os Sonic Youth conseguiram fazer prolongar ao longo das três últimas décadas...
Começou calma a noite de mantas estendidas e com Alexandre Rendeiro, que se codifica como Alek Rein, a fazer soar a sua guitarra em viagens de algum psicadelismo folk, meia dúzia de canções bem acolhidas e exemplarmente executadas que confirmam o talento que cabe no EP de estreia "Gemini" e no disco grande que se anuncia para breve. Mais uma exemplar confirmação entre a variada fornada que a música portuguesa dita moderna vai vivendo por estes dias e que merece mais atenção de todos.
Mesmo que nos últimos anos não tenham faltado ocasiões para testar Thurston Moon em fase pós-Sonic Youth (Casa da Música em 2014, por exemplo), haverá sempre boas razões para não falhar os seus concertos. Uma delas é que nunca faltará material novo para ser apresentado e desfrutado como o caso de um segundo disco em nome próprio já gravado a editar em 2017 que dá pelo nome de "Rock' N'Roll Consciouness" e que, pelo menos, através do tema divulgado - "Turn On" - sugere uma linha continuadora do disco anterior "The Best Day". Apesar dos insistentes pedidos, não houve canções dos Sonic Youth e a perfomance terminou com um apoteótico e habitual "Ono Soul" do primeiro disco a solo "Psychic Hearts" de 1995, uma afirmação de independência e, ainda e sempre, de irreverência.
Sem comentários:
Enviar um comentário