segunda-feira, 3 de janeiro de 2022

KELLEY STOLTZ, PATINE ORIGINAL!






















O trajecto artístico de Kelley Stoltz tem merecido efectivo acompanhamento por aqui ou não fosse o norte-americano um verdadeiro achado em constante reinvenção. No entanto, confessamos que nunca mergulhamos de facto no início da sua carreira já antiga. 

A estreia em 1999 com o primeiro álbum "The Past Was Faster" na obscura The Telegraph Company resultou numa desilusão mas o então trintão Stoltz não desistiu. Investiu, isso sim, num caseiro e vintage gravador TASCAM 388 para registar a totalidade dos instrumentos por si tocados e cantados em catorze novas canções auto-editadas em 2001 em formato de vinil de tiragem reduzida e com capas pintadas à mão em meia dúzia de derivações pictóricas, um conjunto que apelidou de "Antique Glow". Há por lá verdadeiras pérolas psico-pop sem disfarce, trilhadas quer na folk inglesa dos anos 60 quer na pop dos 80 vinda do mesmo território e que é urgente redescobrir ao fim de vinte anos de patine. 

Atenta, a Third Man Records pôs cá fora em Novembro último uma versão vistosa do álbum que quase alcança o dobro dos temas (27) por se ter somado o recheio de um CD somente disponível numa digressão australiana e para onde foram relegados na altura mais uma dezena de inéditos caseiros mas que agora alcançam a merecida divulgação. Exemplos: "Too Beck", porque soava demasiado a Beck, ou o excelente "Umbrella" com direito a animação de imagens do próprio artista...


Sem comentários: