O regresso minhoto teve como suporte o baterista Jim White, o guitarrista Matt Kinsey e o saxofonista Dustin Laurenzi. Da anunciada e impressa presença de Emmett Kelly no baixo e de Sarah Ann Phillips no piano não se vislumbrou sinal. Nada que comprometesse o serão que primou pela apresentação de muitos dos temas de "YTILAER", mais um manifesto moderno de intimismo e fragrância da natureza, que desde logo se denotaram retomados em arranjos de electricidade estremecida e de surpreendente ondulação transpositora que só um saxofone consegue alcançar.
Desde o incial "First Bird", passando por um quase irreconhecível mas magistral "Coyotes", até a um retesado "Naked Souls", o volume e intensidade da sequência, talvez estranha e rude para muitos, mostrou-se sublime no risco e na recriação poderosa. Em duas antiguidades dos Smog ("Some Steady Friends Around" e "Hit the Ground Running") e num dos seus clássicos já no encore ("Too Many Birds") essa recriação, caramba, acertou numa magnificência plena.
Em toda esta propagação vibrante como não nomear o mestre de cerimónias Jim White, um mago da percussão que na sua inebriante habilidade e subtileza lustrou, do princípio ao fim, mais um recital fabuloso de Bill Callahan, nome de artista que se tornou uma lenda viva de incontornável prestígio e de ilimitado futuro. Do caraças...
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