Foto: facebook Auditório de Espinho |
Assente numa cumplicidade longínqua, o serão apostou num assumido improviso de jazz livre em que se valorizou a sonoridade, quase sem amplificação, de uma bateria que Byron percorreu nos maravilhosos recursos de batimentos e subtilezas, como que desafiando Douglas a segui-lo, sem contemplações, no sopro vibrado do trompete. Um verdadeiro testemunho da invenção a que música se obriga mas também da inquietude que ela constantemente proporciona e das questões que levanta - perguntou-se se o que se ouvia seria ensaiado ou inventado e a resposta, tal e qual e a motivar gracejos e humor, não dispensou a confissão do ensaio ou da prática prévia em separado, condição obrigatória para que o repentismo e a conivência vividas se provassem ser um imperdível e irrepetível momento de inconformismo artístico. Uma maldita-boa experiência...
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