Astley manteve-se, desde logo, bastante activa com diferentes abordagens artísticas que incluíram o spoken word, a poesia ou infiltrações acústicas de guitarra a partir do conforto caseiro algures no countryside inglês. No final do ano passado surgiu "The Singing Places", um EP de vinte e sete minutos contínuos onde regressa, de certa forma, ao mesmo processo de há quarenta anos e que repete a captação de sons no exterior, revisitando a fluência do rio Tamisa, o canto das aves, o bater de um sino de igreja ou o assobiar de um avião em descida.
Quase milagroso, a tinir na fluidez dos sentidos, Astley criou outro jardim sonoro em cinco movimentos virtuosos de inimaginável ternura que devem ser escutados sem qualquer suspensão a não ser a do ar admirável que propaga, perfeito, tanta beleza!
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