O disco teve como fonte inspiradora um acaso - aquando de uma visita à amiga inglesa Zoe enlutado pela morte da mãe, foi descoberta uma caixa de cartas da falecida Geraldine Flower, mulher que recebeu nove propostas de casamento, todas rejeitadas, e teve uma intensa correspondência com um homem de nome Reggie. Refugiada no apartamento londrino da amiga, Torrini tratou de se afundar nas pessoas, histórias e acontecimentos aí referidos ou relatados para compor dez novas canções de imediata sedução, seja pelo sotaque nórdico do seu inglês seja pelos arranjos pop-up com que compôs o ramalhete com a colaboração habitual de Simon Byrt, marido de Zoe.
Para a capa do disco foi escolhida uma imagem antiga de Geraldine Flower sentada num café ao lado de um homem mas que foi trabalhada e editada de forma a que, no lugar do pretendente masculino, fosse colocada a própria Torrini. Um regresso florescido que, por isso, se saúda, que terá digressão europeia lá para o Outono e onde estão prometidas, a três dimensões, mais revelações de um legado misterioso e inacabado.
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