terça-feira, 25 de junho de 2024

EMILIANA TORRINI, POP FLORIDA!





















Se sobre a presença em palcos portugueses de Emiliani Torrini já lá vão quinze anos, quanto aos álbuns de originais mais de uma década também já passou sobre "Tookha" de 2013. Os hiatos foram o ano passado encurtados com "Racing the Storm" ao lado do colectivo Colorist Orchestra mas um sétimo longa duração em nome próprio saiu este mês pela Grönland alemã com o título de "Miss Flower". 

O disco teve como fonte inspiradora um acaso - aquando de uma visita à amiga inglesa Zoe enlutado pela morte da mãe, foi descoberta uma caixa de cartas da falecida Geraldine Flower, mulher que recebeu nove propostas de casamento, todas rejeitadas, e teve uma intensa correspondência com um homem de nome Reggie. Refugiada no apartamento londrino da amiga, Torrini tratou de se afundar nas pessoas, histórias e acontecimentos aí referidos ou relatados para compor dez novas canções de imediata sedução, seja pelo sotaque nórdico do seu inglês seja pelos arranjos pop-up com que compôs o ramalhete com a colaboração habitual de Simon Byrt, marido de Zoe. 

Para a capa do disco foi escolhida uma imagem antiga de Geraldine Flower sentada num café ao lado de um homem mas que foi trabalhada e editada de forma a que, no lugar do pretendente masculino, fosse colocada a própria Torrini. Um regresso florescido que, por isso, se saúda, que terá digressão europeia lá para o Outono e onde estão prometidas, a três dimensões, mais revelações de um legado misterioso e inacabado. 



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