O aviso prévio não deixava dúvidas - este concerto é um encore! Os Pulp em versão grandes êxitos voltavam à Invicta ao fim de vinte e seis anos (Imperial ao Vivo, Rockódromo das Antas, 1998), tal como Jarvis Cocker haveria de recordar, e o desfile de canções cedo começou a fazer efeito agitador. Ao longo de uma hora e meia, o vocalista e letrista mítico da banda comandou, sem máculas, contratempos ou desculpas, a imensa plateia numa lição pop exemplar que teve em "Disco 2000" e "Do You Remember the First Time?" dois dos momentos mais esperados e celebrados. Assusta a eficácia, sem idade, destas pérolas tão bem assentes numa imaculada destreza instrumental, capacidade que se manteve perfeita de princípio ao fim. Quanto a "Common People" a terminar a contenda, quando algum dia se fizer o top dos melhores momentos do festival, não temos dúvidas que ela, a canção, deverá obrigatoriamente ocupar um dos três lugares do pódio. Brutal!
Os de Ohio sabem-no bem e deram-nos aquilo que melhor sabem fazer desde há vinte anos - canções robustas sobre a vida moderna nas suas minudências e que o professor Matt Berninger nos ensinou, desde sempre, a cantar como se se fossem nossas. E são. Alinhadas, em modo revisão da matéria dada, o concerto resultou numa monumental, e até épica, odisseia de catarse colectiva que confirmou que os The National têm dupla nacionalidade: são do mundo e são portugueses!
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