segunda-feira, 1 de abril de 2019

MIRAMAR, QUANTOS SÃO?

Ao nome Miramar quase sempre associamos mar, areia e brisa agradável. No nosso caso, é ainda sinónimo de local pacífico de retiro, descanso e, por vezes, festarola. Por isso, quando um qualquer projecto musical passa a ter o nome da localidade gaiense é impossível não lhe dar a devida atenção, o que nos dois exemplos que aqui apresentamos é inteiramente merecido e obrigatório.

O primeiro, de origem nacional, tem em Peixe (ex. Ornatos Violeta e Pluto) e Frankie Chavez um curioso exemplo da nobre virtude de se gostar simplesmente de tocar guitarra. Tocar, dedilhar, partilhar o amor pelo som de forma informal em soirées longas a que se juntou a ideia do registo de um disco. Chama-se "Miramar", obviamente, já teve apresentações ao vivo em diversas cidades como o Porto (Casa da Música) e há até um registo inteiro recentemente gravado em Íhavo disponível para visualização. Bonito seria, com toda certeza, um concerto dos Miramar em... Miramar. Isso é que era!





O segundo, de travo internacional, tem num colectivo radicado em Nova Iorque mas originário de Richmond, Virgínia, uma onda mais enérgica e dançante proveniente da América do Sul. Se num primeiro momento a fonte inspiradora teve em Porto Rico o epicentro da composição dos Miramar através de novas versões de boleros da mítica Sylvia Rexach, o que os levou até a digressões intensas e passagem pelos estúdios da NPR para o registo de um daqueles concertos a que chamamos de secretária, aproxima-se agora uma nova aragem. Desta vez é o bolero cubano que motiva a dança com a devida atenção da Daptone Records que se apressou a editar uma rodela pequena de vinil com dois dos novos temas e que são o sinal de que uma dose maior se aproxima para nos ajudar a mirar o mar... 




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