Ao vivo, sem instrumentos ou outras ajudas, a transposição do disco serviu-se dos samples e restantes loops mas as tais vozes e algumas palmas rítmicas fizeram-se notar com uma clareza e sucesso radiante, seguindo o alinhamento original que se iniciou com o empolgante "Gettin'to the Point" e terminou em apoteose com "Everything’s Been Leading To This", um festim imersivo e caleidoscópico que submergiu a plateia bem composta e interessada. Lá pelo meio, dois dos melhores pedaços da ementa - "Danger" e "Livin’ in the After" - sequência libertadora e super-pop a que a animação gráfica de fundo acrescentou eficácia e fantasia, um jogo cénico recortado a preceito e de efeito inteligente.
Para o encore, foram eleitos dois temas de cada um dos músicos, peças mais antigas mas, ainda assim, complementares e fortalecedoras de uma vibração estética arrojada que se entranhou de forma multissensorial e intoxicante - um "Bros", já com mais de quinze anos, haveria de soar como novo para culminar um concerto de eficácia e tensão contínua. Boom!
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