Respeitando a grandeza cool das canções dos primeiros álbuns, vêm de longe um afecto pelos franceses Phoenix que nem sempre se mostrou activo mas a que fomos dando ouvidos frequentes. Desilusões, como a do último "Ti Amo" de 2017, condicionaram uma progressiva distracção e indiferença a visitas para concertos ao vivo que, diga-se, nunca subiram ao Norte do país.
Mantemos, assim, a banda sob vigilância passiva à espera de movimentos consistentes o que parece acontecerá com "Alpha Zulu", sétimo trabalho a sair em Novembro e de que se conhecem três bons temas, um dos quais com a vibrante parceria de Ezra Koen dos Vampire Weekend. Auto-produzido durante o confinamento, as sessões de gravação tiveram como local de criação o estúdio do Museu de Artes Decorativas de Paris, instalado no complexo do Palácio do Louvre, ambiente que talvez explique a imagem da capa (acima), um pormenor trabalhado e alterado pelo habitual colaborador Pascal Teixeira do quadro "Madonna col Bambino Midiante Otto Angeli" pintado em Florença por Boticelli em 1478.
À atenção dada pela imprensa ao regresso aos discos - veja-se a entrevista ao "NME" e de que foram capa virtual há duas semanas - junta-se uma digressão elogiada e atractiva que não desdenharíamos ver incluída lá para Junho no Primavera Sound portuense, palco e evento bem à medida dos de Versailles.
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