Mesmo que o som da bateria de Ivan Conti nos tenha parecido um pouco alto e demasiado "chapado", o serão foi de entusiasmo contido na primeira meia hora mas que acabaria depois por soltar-se muito à custa da destreza das teclas incríveis de Kiko Continentino, da perícia do mestre "Mamão" Conti e do baixo de Moyses Dos Santos, um contributo recente que permitiu a substituição do baixista fundador Alex Malheiros, ausente por doença desta digressão.
O alinhamento deu alguma primazia ao último disco "Fenix" mas alargou-se a outras das tantas pedradas que a banda foi gravando desde 1973 ao lado do amigo Marcos Valle - com quem estiveram em digressão por Lisboa em 2018 (por sinal, Valle toca no Porto no final do corrente mês!) - e outros cúmplices interessados nesta fusão imparável de ritmo e cosmometria. A inebriante versão de "500 Miles High" de Chick Corea que apresentaram e gravaram é a prova mais séria dessa levitação...
O balanço consequente só perto do final haveria de merecer alguma dança colectiva, que foi pena não se ter mantido e espalhado, mas o triunfo destes boogie-cariocas renascidos, entoado em coro colectivo e ovação de pé, teria em "Jazz Carnival" o merecido epílogo incontido de vibração, diríamos, azimutal e bem medida. Valeu!
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