Sobre a estreia coimbrã de Anna St. Louis em pleno palco invertido do teatro académico, uma inédita e estranha opção cenográfica e logística, podíamos talvez reclamar do desconforto das cadeiras, do ruído exterior de fundo ou da reduzida plateia aderente em noite de fitados e (ainda pouco) queimados...
Contudo, o concerto não deu é direito a duvidar da perfumante emissão de subtileza e sensibilidade das canções que, mesmo poucas, soaram sempre perfeitas e muito ao jeito do amigo Kevin Morby com quem Louis partilha, certamente, influências e alguns esgares vocais e que o primeiro álbum oficial "If Only There Was a River" editado o ano transacto acelera na confirmação.
A penumbra do local, que só poucas vezes foi tenuemente aclarada, só veio somar mais mistério a uma alquimia clássica de voz e guitarra em que a folk americana é imbatível e que pairou ofuscante em versões cirúrgicas de Van Zandt ou Dylan mas que na voz e timidez da figura de Anna St. Louis cresce primorosamente em sedução e beleza. Ficamos feridos de... vida!
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