terça-feira, 22 de março de 2022

ADAM GREEN, UMA MO(u)CADA!





















Falar em Adam Green é falar de subversão certa quanto ao que pode ser uma canção, das boas. Depois da longínqua cisão dos Moldy Peaches, onde fazia parelha com Kimya Dawson, a carreira a solo foi na primeira década deste século uma robusta e imprevista catadupa de seis discos a que muitas vezes se colou uma estranha etiqueta a dizer "anti-folk". O ar distraído e descuidado da figura nunca escondeu, contudo, a qualidade da composição ora sarcástica ora gozona e que nos recorda a aposta em versões inesperadas dos The Libertines do amigo Carl Barat ou até dos The Beach Boys ("Kokomo", claro está). 

As aproximações a três dimensões a uma sala de espectáculos nas proximidades foram, mesmo assim, uma raridade (falhamos um memorável serão do FPGSentada de 2006) que se explica por um casamento em 2013 já com dois rebentos e uma atenção maior a outras capacidades artísticas desde sempre assumidas (o desenho e a pintura) ou a aposta séria em filmes de brincar como a que por aqui noticiamos em 2016 referente ao projecto "Aladino" e a consequente banda sonora. 

O regresso aos discos em 2019 fez-se com "Engine of Paradise" mas um novo e arrojado projecto estava já na forja - um épico filme/poema chamado "1,000 Years of Dark Ages" de narração e escrita própria com realização do animador e compincha Tom Bayne e que recentemente passou a estar disponível para completo desfrute

Surreal... mas não tanto como a noite que se anuncia de 10 de Maio próximo no M.Ou.Co. em Campanhã quando se der o pontapé de saída da digressão europeia "That Fucking Feeling Tour" e na qual se fará acompanhar de outra "peça" complementar que responde por Turner Cody. Uma mo(u)cada


Sem comentários: