No final de "You May Be Blue", já perto do desfecho do concerto e da digressão europeia a solo, foi desta forma sincera que Andy Cabic, mentor e motor dos Vetiver, agradeceu aos presentes a recepção calorosa e exemplar às suas canções. Novas e velhas, mas de eternidade assegurada, a cidade já criou o hábito de as acolher com distinção e carinho, embora a última passagem pelo Hard Club, para abrir o concerto do amigo Devendra, tenha pecado por notório alheamento de uma maioria.
Como o próprio recordou, foram já mais as vezes que tocou no Porto que em muitas cidades americanas - nomeou as presenças no Passos Manuel, na Casa da Música ou no Auditório de Espinho - e essa dádiva antiga manteve acesa uma comunidade de admiradores interessada em que o legado permaneça protegido e devidamente activo na sua imaterialidade. Foram, pois, esses que preencheram boa parte das cadeiras da plateia mas onde se sentaram mais alguns, arrastados pela oportunidade de o ouvir pela primeira vez.
Ninguém saiu, obviamente, desiludido. A acústica, o jogo de luz, a proximidade ou a simpatia do artista, sintonizaram-se com o primor das canções, da voz e da guitarra, naquilo que se poderá afirmar como o serão perfeito. Um deleite!
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