Na companhia de um violinista português, uma parceria ao vivo que a residência no nosso país veio facilitar e ainda em fase de recuperação quanto à prática dos concertos depois de dois anos de inactividade, Samson mostrou-se, mesmo assim, em plena forma na conjugação do falsetto da voz com diversos recursos, da viola ao sintetizador, passando por um prato de bateria e um jogo de efeitos de pés.
Misturando temas novos com algumas maravilhas do disco anterior "Paralanguage", que quase não rodou ao vivo, o serão foi, assim, um género de "dois em um" onde se recordaram as qualidades de "Ochre Alps", "Flowerbed" ou "Calescent" e se deram a conhecer, por exemplo, "Always Meant", "Hostage" ou "A Certain Surprise", recentes provas de uma inquestionável delicadeza sonora que uma inquieta vida de nómada tem inspirado na composição e escrita. Viajar sem sair do lugar é mesmo possível e Samson, guia simpático e ocasional com dez anos de experiência, consegue-o de forma infalível...
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